Política

Com pagamento de impostos suspensos, arrecadação cresce quase 2% em setembro

Em relação a agosto deste ano, houve redução de 4,37% no recolhimento de impostos

Brasília – Com a retomada da atividade econômica e o fim do adiamento do pagamento de tributos adotado pela Receita Federal nos piores meses da crise da pandemia de covid-19, a arrecadação de impostos e contribuições federais em setembro teve aumento real (descontada a inflação) de 1,97% na comparação com o mesmo mês de 2019, e somou R$ 119,825 bilhões.

Em relação a agosto deste ano, houve redução de 4,37% no recolhimento de impostos. Ainda assim, o valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de setembro desde 2014, quando a arrecadação no nono mês do ano foi de R$ 122,554 bilhões.

De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de setembro decorre do comportamento das principais variáveis macroeconômicas no mês e da redução a zero da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incidente sobre o crédito, medida que vale até o fim deste ano.

O Fisco destacou ainda o crescimento de 38,90% nas compensações tributárias em relação a setembro do ano passado. Por outro lado, a Receita detectou o recolhimento atípico de R$ 2,5 bilhões em IRPJ (Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas) e CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido).

No acumulado do ano até setembro, a arrecadação federal somou R$ 1,026 trilhão, o menor volume para o período desde 2010, quando as receitas somaram R$ 1,023 trilhão no período. Devido aos impactos da pandemia de covid-19 no primeiro semestre, o montante ainda representa um recuo real de 11,70% na comparação com os primeiros nove meses de 2019.