Esportes

Com ouro no peito, Serginho se despede da seleção brasileira de vôlei

RIO? Diante de um Maracanãzinho lotado vibrando com a conquista da medalha de ouro, na tarde deste domingo, Serginho deu adeus à seleção brasileira masculina de vôlei. Aos 40 anos, eleito diversas vezes como o melhor líbero do mundo ele ostenta outro título: o de maior medalhista de esporte coletivo da história do Brasil, ouro em Atenas-2004 e Rio-2016 e prata em 2008 e 2012. Emocionado, o líder comandou o tradicional peixeinho da equipe e colocou sua camisa no chão e se despediu, enquanto os colegas beijaram o “manto”.

? Eu queria agradecer a cada um de vocês por estarem aqui. Essa camisa que eu joguei aqui (no chão), não vou dar para ninguém. Vou deixar no chão do Maracanãzinho, vocês façam com ela o que quiserem ? declarou o jogador que atuou pela seleção durante 15 anos.

Com dois pinos de titânio por causa de uma hérnia de disco, Serginho disse que agora só pensa em ficar ao lado dos filhos e curtir seus cavalos, sua paixão.

Antes de subir ao pódio, o líbero foi jogado para o alto pelos companheiros. “Serginho é o nosso rei”. Depois do hino e das fotos oficiais, coube a ele pegar o microfone e comandar o tradicional peixinho da equipe. Em seguida, um agradecimento ao público e um ato simbólico.

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RETORNO E TRIUNFO

Com os cortes do central Sidão e do ponteiro Murilo, serginho, que havia se aposentado da seleção após Londres-2012, voltou para comandar a equipe.

A seleção brasileira de vôlei masculino não teve uma trajetória fácil até o ouro, nessa edição dos jogos. Com alguns jogadores estreando em olimpíadas, a equipe começou um pouco incerta sua caminhada até o título.

Foram 12 anos de jejum olímpico. Após bater na trave, nas duas últimas edições, a seleção brasileira masculina de vôlei acertou a meta. Prata em Pequim-2008 e Londres-2012, o ouro chegou em casa, no templo do voleibol, o Maracanãzinho. E depois de uma arrancada espetacular, em que o time verde e amarelo quase ficou pelo caminho. Neste domingo, o Brasil venceu a Itália por 3 a 0 (25/22, 28/26 e 26/24) e conquistou a terceira medalha dourada em Jogos Olímpicos.