Cotidiano

Com orçamento 50% menor, HU e Unioeste esperam recomposição financeira

O orçamento da Unioeste em 2020 foi de pouco mais de R$ 12 milhões e, para este ano, é de R$ 6,5 milhões

Com orçamento 50% menor, HU e Unioeste esperam recomposição financeira

Os impactos financeiros da pandemia levaram o governo do Estado – que registrou queda na arrecadação por diversos meses no ano passado – a reduzir significativamente a previsão de orçamento para todos os setores em 2021.

Na Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), por exemplo, o orçamento de custeio para este ano é 50% menor que o do ano passado, mas o reitor Alexandre Webber aposta na recomposição dos valores ao longo do ano. Por enquanto, o valor repassado para os primeiros três meses do ano permanece igual. “O orçamento está bem menor, mas com compromisso de recomposição, conforme a necessidade. O orçamento do custeio da universidade é 50% menor, mas não foi dividido em quatro trimestres. O valor liberado e já repassado para o câmpus para o primeiro trimestre é equivalente ao do ano anterior”, explica.

O orçamento da Unioeste em 2020 foi de pouco mais de R$ 12 milhões e, para este ano, é de R$ 6,5 milhões.

Já em relação ao HU (Hospital Universitário) de Cascavel, Alexandre explica que o valor é muito inferior ao executado no ano passado, que chegou a cerca de R$ 34,5 milhões, mas que já existe um diálogo com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) para que possa ser utilizada a mesma lógica adotada em 2020, com liberação antecipada e recomposição. “No ano passado, o HU iniciou o ano com R$ 18 milhões e tivemos uma suplementação de R$ 6,5 milhões no primeiro semestre e outra de R$ 10 milhões no segundo, fora o valor exclusivo para tratar covid-19. Este ano, iniciamos com pouco mais de R$ 16 milhões [previstos para o ano todo]”.

Alexandre descarta a possibilidade de fechar o ano com valores menores do que os recebidos ano passado: “Não tem como fechar com menos que o ano passado. Já estamos no limite”.

Outra situação que deve ser concluída nas próximas semanas é a nova contratualização do hospital com a Sesa. Em março do ano passado, uma nova proposta foi enviada pelo HU ao Estado, ainda em discussão. O pedido era para um aumento de R$ 1 milhão no repasse mensal, que hoje é de pouco mais de R$ 2 milhões.

A contratualização define os serviços a serem executados e os valores da remuneração deles. O aumento é justificado pela demanda do hospital, que é referência no atendimento SUS em toda a região oeste e sudoeste, com mais de 2 milhões de habitantes, e vem realizando atendimentos acima do que é acordado. “A contratualização está em fase final de negociação e devemos avançar, não tudo o que gostaríamos, mas um avanço importante. O valor final do reajuste ainda não está definido”, adianta Webber.

Reportagem: Cláudia Neis