Saúde

Com mutirões, Paraná passa de 1,6 milhão de doses aplicadas, mas vacinação para de novo

Dentre as regionais que mais aplicaram doses estiveram Londrina (8.829 doses aplicadas), Região Metropolitana de Curitiba (6.566 doses) e Maringá (6.055 doses)

Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral. Hoje serão vacinados os idosos com 82 anos.
Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral. Hoje serão vacinados os idosos com 82 anos.

Curitiba – Em continuidade à campanha de vacinação de domingo a domingo, 152 municípios organizaram mutirões e aplicaram 47.873 doses no último fim de semana. Dentre as regionais que mais aplicaram doses estiveram Londrina (8.829 doses aplicadas), Região Metropolitana de Curitiba (6.566 doses) e Maringá (6.055 doses).

O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, visitou municípios do norte e do noroeste para incentivar a campanha ininterrupta de vacinação. A recomendação atual do Estado é de que não se estoquem as vacinas para ampliar o percentual de paranaenses vacinados.

“Se tivermos vacina para todos, conseguiremos vacinar de 150 mil a 200 mil pessoas por dia. Essa é nossa meta”, enfatizou o secretário na visita a São Pedro do Ivaí. “Muitas pessoas criticam a campanha, mas são 47 mil pessoas imunizadas em um fim de semana”.

Contudo, a campanha praticamente parou nessa segunda-feira, devido à falta de vacinas.

Doses recebidas

No Paraná, 95% dos municípios ultrapassaram a marca de 80% de aplicações da primeira dose das vacinas que receberam, sendo que apenas 21 cidades ainda não atingiram esse índice. Até a tarde de ontem (12), 1.643.335 doses tinham sido aplicadas no Paraná, com 1.305.029 pessoas vacinadas com a primeira dose e 338.326 que já receberam a dose de reforço. Com isso, 91% das primeiras doses e 34,3% das segundas doses recebidas e distribuídas pelo Estado foram aplicadas. Os dados são do Vacinômetro, mantido pela Secretaria de Estado da Saúde.

As doses aplicadas chegaram a 12,5% da população total do Paraná, e a 28,1% dos grupos prioritários previstos no plano de vacinação – que estimam cerca de 4,6 milhões de pessoas.

A etapa de vacinação atual está aplicando as primeiras doses em pessoas de 65 a 69 anos, quilombolas e profissionais da segurança pública; além de aplicar as segundas doses para quem já completou o intervalo de tempo recomendado.

Justiça garante alteração da fila

A Justiça Federal de Londrina negou pedido do MPF (Ministério Público Federal) e do MP-PR (Ministério Público do Paraná), que solicitava que União e governo do Paraná não alterassem as categorias prioritárias para vacinação contra a covid-19 e que fosse assegurada a prioridade de vacinação ao idoso e às pessoas com deficiência.

Segundo a decisão do juiz federal Gilson Luiz Inacio, da 4ª Vara Federal de Londrina, o pedido se refere à fila prevista pela última edição do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, que aumenta a aplicação das doses para quase 20 grupos populacionais.

O pedido na ACP (Ação Civil Pública) contra a União e o governo do Paraná era para garantir a ordem dos grupos populacionais que precisam ser vacinados contra a covid-19, sendo que o Paraná iniciou a vacinação dos integrantes das Forças de Segurança e Salvamento, Forças Armadas e Profissionais da Educação em detrimento de grupos de anterior prioridade, os quais são dotados de maior vulnerabilidade e risco de mortalidade.

Na ação, não se questiona a relevância dos serviços, porém, questiona-se a vacinação desse grupo em prejuízo dos idosos e deficientes físicos.

Em sua decisão, o juiz federal reforçou que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que os entes federados possuem competência concorrente para adotar as providências normativas e administrativas necessárias ao combate da pandemia.

Apesar de alto, casos caem pela 5ª semana consecutiva no Paraná

Apesar de continuar em patamar elevado, o total de diagnósticos de covid-19 no Paraná apresentou melhora pela quinta semana consecutiva. O número tem apresentado queda desde o fim de fevereiro. No entanto, continua alto por se tratar do maior pico de casos desde o início da pandemia, em março de 2020. As reduções são reflexo direto das medidas restritivas adotadas pelo governo do Estado e municípios ao longo das últimas semanas.

O Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de domingo (11) demonstra que a semana de 4 a 10 de abril (considerada a 14ª semana epidemiológica) teve 14.636 novos casos, queda de 25,77% com relação à semana anterior. É a primeira vez desde novembro de 2020 que o número se distancia de 20 mil casos. O informe leva em consideração os dias das confirmações dos testes, e não sua divulgação.

No histórico, o maior pico registrado desde novembro no Paraná se deu na 9ª semana epidemiológica de 2021 (28 de fevereiro a 6 de março), com 37.831 casos. Desde então, o número de diagnósticos caiu para 35.647 na 10ª semana (7 a 13 de março), 34.122 casos na 11ª semana (14 a 20 de março), 29.585 na 12ª semana (21 a 27 de março) e 19.718 casos na 13ª semana (28 de março a 3 de abril).

A somatória do Estado reflete a situação das quatro macrorregionais do Paraná, que também têm apresentado diminuição no número de diagnósticos. Na Macroleste, a queda vem desde a semana epidemiológica 11, totalizando três semanas de regressão. Entre as semanas 11 (pico local) e 14 houve uma diferença de 10,5 mil casos.

Nas regionais Oeste e Noroeste, a queda já ocorre desde a semana epidemiológica 10. No Oeste, são 7,7 mil casos a menos entre as semanas 9 (pico) e 14. Na Noroeste, a diferença é de 5,3 mil casos, no mesmo período.

A região Norte apresentou redução de cerca de 3,4 mil casos entre as semanas 8 (pico local) e 14. O número absoluto é menor porque esta foi a macrorregião que contabilizou o menor pico de casos ao longo do mês de março.

Média móvel

O número de casos diagnosticados também caiu na média móvel de sete dias. Em 10 de abril, esse indicador apresentou média de 2.090 casos, queda de 53,6% com relação ao indicador de 14 dias atrás.

A redução nos casos também reflete a baixa no número de óbitos em decorrência da covid-19, sem contar os casos retroativos anunciados nos últimos dias. A semana epidemiológica 14 registrou 655 mortes no Paraná, redução de 24,89% com relação à semana anterior. A média móvel de sete dias confirma essa tendência. Em 10 de abril, a média era de 93 óbitos, apresentando queda de 49,4% com a média de 14 dias antes.

Covid já matou mais de 19 mil paranaenses

 

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou nessa segunda-feira (12) mais 695 casos de covid-19 e 83 mortes. Os dados acumulados mostram que o Paraná soma 878.627 infectados desde o início da pandemia, dos quais 19.041 não sobreviveram.

Os casos confirmados são de julho (1) de 2020 e de fevereiro (2), março (86) e abril (606) de 2021.

Pela primeira vez em um mês, o Paraná registra menos de 5 mil internados em leitos exclusivos para tratar covid-19. Ontem, havia 4.905 pacientes, dos quais 2.191 em UTI.

Quanto aos óbitos informados ontem, tratam-se se 29 mulheres e 54 homens, com idades que variam de 27 a 93 anos. Os óbitos ocorreram entre 14 de março e 12 de abril de 2021.