Cotidiano

Com continuação da greve dos bancários, 375 agências estão fechadas no Rio

RIO – Diante da falta de acordo entre grevistas e bancos, a greve dos bancários continuou e 375 agências estão fechadas na cidade do Rio de Janeiro, além de seis prédios administrativos. Uma assembleia foi marcada pelo Sindicato dos Bancários do Rio, na próxima segunda-feira, para discutir os rumos do movimento.

O sindicato informou que irá continuar com a campanha de mobilização dos bancários para fortalecer a greve, seguindo orientação do comando nacional do movimento. Na última reunião entre bancários e a Federação Nacional do Bancos (Fenaban), realizada na tarde de quinta-feira, as instituições não apresentaram nenhuma nova proposta, além da anteriormente recusada pelos grevistas, 7% de reajuste salarial mais um abono de R$ 3,3 mil. Não foi marcada nenhuma nova rodada de negociação.

A greve, que completou 11 dias nesta sexta-feira, tem ganhado novas adesões dia a dia. Na quarta-feira, 12.068 agências não funcionaram, pouco mais de 50% do total do País.

Além do reajuste, os bancários reivindicam também participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

Já foram realizadas, ao todo, oito rodadas de negociação, contando o período antes e depois do início da greve. A categoria entregou a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. Ano passado, a greve nacional dos bancários foi a mais longa da categoria, durando 21 dias corridos. O resultado garantiu melhora na proposta dos bancos, que iniciaram as negociações oferecendo reajuste de 5,5% e, no fim concordaram em conceder 10%, com ganho real de 0,11%.