Cotidiano

Com a crise econômica, importações caem 70% no Porto Seco

Na semana passada, cerca de 20 a 30 caminhões eram liberados por dia

Cascavel – Os reflexos da crise financeira estão por toda parte. E o Porto Seco de Cascavel não está alheio aos impactos da economia desfavorável. Com os empresários tendo que “sobreviver” aos tempos de recessão, as movimentações alfandegárias caíram drasticamente.

O maior volume de procedimentos no terminal de Cascavel é referente às importações, justamente elas que recuaram nada menos que 70% nos últimos meses. Já os produtos para a exportação, sobretudo os fertilizantes, que têm como destino o Paraguai, correspondem à maioria das mercadorias exportadas e também sofreram uma desaceleração.

Conforme o gerente da unidade, Alceu da Silva Moura Filho, os motivos para essa queda significante tem razões muitos claras.

“Deu uma parada nas importações, principalmente por conta do dólar alto e toda essa crise que se instalou no Brasil. Algumas empresas ainda estão importando, somente porque têm contratos firmados e precisam entregar seus produtos. Alguns empresários têm clientela certa e não podem deixar faltar essas mercadorias. Atualmente, quem importa é quem realmente precisa desses produtos, seja para dar sequência na produção ou para entregar ao cliente. É quem realmente não tem alternativa, senão vai perder o cliente, que vai procurar no concorrente”, comenta. 

Na semana passada, o volume de cargas era pouco, cerca de 20 a 30 caminhões liberados por dia, enquanto no ápice dos trabalhos ocorre cerca de 150 liberações diariamente.

“Estamos com cargas de importações no armazém, com produtos da China para lojas de 1,99 e pneus. Além disso, aos poucos estamos retomando exportações de fertilizantes para o Paraguai, que tinha dado uma caída, até porque é normal da época, pois o plantio já foi feito, mas agora em dezembro já começa a movimentar de novo. De dezembro a março é o ápice, porque o Porto Seco vai se pautando pela colheita por conta da exportação de adubo para o Paraguai”, conta.

(Com informações de Crislaine Güetter)