Cotidiano

Com 14 mortes, Maringá tem 1º trimestre mais violento no trânsito em 7 anos

Maior parte dos acidentes tem o envolvimento de motocicletas. Prefeitura diz que as principais causas são excesso de velocidade e falta de habilitação

Com 14 mortes, Maringá tem 1º trimestre mais violento no trânsito em 7 anos

Maringá, cidade do norte do Paraná, encerrou o primeiro trimestre deste ano com 14 mortes no trânsito. Este é o maior número para o período desde 2015.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Polícia Militar, a maioria das vítimas, estava de motocicleta. Confira a seguir:

Mortes no trânsito no 1º trimestre de Maringá

  • 9 motociclistas
  • 3 ocupantes de carros
  • 2 pedestres

 

Os homens respondem por quase todos os dados. Mais da metade das mortes aconteceram no mês de março, com sete óbitos.

Além das oito vítimas que estavam de moto, um dos pedestres que morreu neste ano foi atropelado por uma motocicleta.

Motos

Apesar de envolvidas por dois terços dos acidentes fatais deste ano, as motocicletas respondem por 39% dos veículos da frota maringaense.

Segundo os dados mais recentes do Departamento de Trânsito de Paraná (Detran-PR), referentes a janeiro, de um total de 325.993 veículos com placa de Maringá, 63.865 são motos.

“Está bem claro que é o comportamento dos motociclistas. Só sair na rua pra ver que não respeitam mais nada. Excesso de velocidade, não respeitam o pedestre na faixa”, diz o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur.

 

Segundo levantamento da prefeitura, as principais causas de mortes de motociclistas são falta de habilitação e excesso de velocidade.

No ano passado, Maringá registrou 38 mortes no trânsito, sendo que 21 delas (55%), foram de motociclistas.

De acordo com a prefeitura, desse total de condutores de moto mortos em acidentes ano passado, “60% estavam com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) irregular ou não tinham o documento”, afirma Purpur.

Ainda segundo o levantamento, 40% dos motociclistas morreram, em 2021, em colisões com objetos fixos – como árvores, postes e muros – ou em veículos estacionados.

Segundo Purpur, existe um trabalho permanente de educação na trânsito focado nas motos, “mas é difícil atingir os autônomos”. De acordo com ele, o município vai ampliar a fiscalização assim que contratar uma empresa para armazenar e leiloar motos apreendidas.

G1 Paraná