Opinião

Coluna Juliano Gazola

Quem faz pose, ainda não é

Coluna Juliano Gazola

Quem faz pose, ainda não é

 

Saber contar a própria história é fundamental para o seu senso de orientação no mundo.

É necessário você conhecer o básico sobre você mesmo. O que permanece no centro dos seus interesses, o que te puxa para baixo… O que é necessário e o que não é necessário. A clareza de algumas informações trará a sua vida para a exploração das suas capacidades reais.

Em alguns momentos da vida, você deverá escolher entre encarar suas más inclinações ou continuar fazendo pose. A pose é a instalação da falsidade, assim como uma árvore frutífera falsa que não produz fruto algum. Um sujeito falso não tem ações efetivas.

Ação efetiva é aquela que atinge o alvo. Sem um mínimo de controle sobre as consequências dos seus atos, você viverá em um estado constante de insegurança e exasperação afetiva, sem jamais entender o porquê de nada dar certo na sua vida.

Imagine um dia você acordar sem saber direito quem você é, que lugar ocupa no mundo, onde precisa estar, o que precisa fazer e para quem.

Se você não sabe quem é, irá se orientar pelos rótulos que sua família e seus amigos lhe pregaram. Funciona assim: um belo dia alguém lhe diz que você é “muito inteligente” e você, por ser pouco, toma isso por verdade absoluta e passa a posar de inteligente.

A pose é o oposto de ser. Quem posa de bonzinho, não sabe o que é a benevolência; quem posa de certinho, não sabe o que é a justiça; quem posa de inteligente, não sabe avaliar a própria burrice.

Quem faz POSE, ainda não É.

Essas poses lhe trarão muito prejuízo, pois quando você entra numa discussão acaba só piorando as coisas, ou quando você toma uma decisão “definitiva” e ela dura míseros dois dias.

Restam somente dois caminhos para você seguir: fazer-se de vítima, alegando que ninguém decifra suas boas intenções, ninguém te ouve, ninguém te entende. Ou admitir que você não é grande coisa e precisa lapidar, precisa escalar na maturidade, desenvolver capacidades, quando não, começar absolutamente do zero.

Ao terminar seu dia de trabalho, tente responder três perguntas: O que você fez bem? O que você fez mal? O que você poderia ter feito melhor?

Garanto-lhe que não levará cinco minutos para responder.

Conforme for registrando diariamente suas respostas, talvez você perceba um padrão de comportamento. O que lhe trará verdades sobre seus pontos de interesse ao longo de sua vida.

Identificar as origens dos tropeços lhe trará maior clareza e lhe ajudará a eliminar as coisas fétidas que atrapalham a sua vida.

Comprometa-se ao balanço diário de sua vida. Tente responder as três perguntas por pelo menos 30 dias e verá a mágica acontecer.

 

Juliano Gazola