Opinião

Coluna Esplanada: plano de Maia para a Câmara, ministros do STF e transporte coletivo

Plano de Maia para a Câmara, ministros do STF e transporte coletivo

Coluna Esplanada: plano de Maia para a Câmara, ministros do STF e transporte coletivo

Plano Maia

As dissidências de deputados na corrida pela presidência da Câmara fragilizam o plano de Rodrigo Maia (DEM-RJ) de construção de uma frente suprapartidária para a disputa à Presidência da República em 2022. O deputado não conseguiu unanimidade nem do próprio partido em torno da candidatura de seu apadrinhado, Baleia Rossi (MDB-SP). Deputados democratas, com o aval do presidente nacional da sigla, ACM Neto (BA), formam maioria em apoio ao candidato chancelado pelo Palácio do Planalto, Arthur Lira (PP-AL).

 

Ninho

Aliado histórico do DEM, o PSDB também mantém-se distante de Maia e dividido no jogo da sucessão da Câmara: a orientação do partido é pelo voto em Baleia Rossi, mas muitos deputados “avulsos” estão com Arthur Lira.

 

Momento

A intenção de Maia de construir uma coalizão para 2022 é rechaçada pela oposição, que hoje apoia Baleia Rossi, mas trata a aliança com o bloco encabeçado pelo presidente da Câmara como “momentânea”.

 

Padrinho

Além de enterrar a coalizão de Maia, a possível derrocada de Baleia Rossi também frustrará os planos do ex-presidente Michel Temer, que aposta na vitória do apadrinhado para voltar a dar as cartas no Congresso.

 

Jogada

A eventual candidatura do apresentador Luciano Huck em 2022 parece mais uma jogada de políticos e empresários que têm interesse ou querem vê-lo presidente. Ele mesmo não quer.

 

PFL

Vale lembrar a candidatura de Sílvio Santos, em 1989. O apresentador liderava as pesquisas para ser eleito presidente do Brasil, mas foi rifado pelo então PFL, que fechou com Fernando Collor. O resto é história.

 

Leite

As buscas por gastos do governo federal derrubaram o Portal da Transparência. Não suportou o volume de acessos após a repercussão sobre o aumento de gastos com alimentos – como leite condensado – em 2020.

 

Dados

Em ofício encaminhado ao ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) questiona se a queda no sistema do portal teve razões objetivas e se as bases de dados foram afetadas.

 

Pamonha

A polêmica do leite condensado lembra outro episódio que derrubou um ministro na Esplanada. Orlando Silva (PCdoB) caiu do comando do Esporte, em 2011, no Governo Dilma, após usar o cartão de crédito corporativo para a compra de uma tapioca no valor de R$ 8,30. O leite condensado do Governo Bolsonaro custou aos cofres públicos mais de R$ 15 milhões.

 

BB

A reunião do Sindicato dos Bancários com a Associação Municipalista de Pernambuco e 22 prefeitos teve um clima bastante tumultuado. A indignação é grande com a direção do Banco do Brasil, que pretende fechar 22 agências nos municípios. Representantes da categoria e o secretário do Trabalho e Emprego estavam presentes. Do BB, ninguém.

 

Domicilar

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, concedeu prisão domiciliar ao jornalista Oswaldo Eustáquio, investigado no inquérito que apura a suposta prática de atos antidemocráticos. Conforme a decisão, Eustáquio está proibido de acessar redes sociais em nome próprio ou de sua assessoria de imprensa e de entrar em contato com diversos bolsonaristas.

 

Coletivo

Os impactos do isolamento social no transporte coletivo urbano de todo o país trouxeram, além da redução do número de passageiros, um prejuízo de R$ 9,5 bilhões acumulados pelas empresas de ônibus no período de 16 de março a 31 de dezembro de 2020. Os dados são da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos.