Opinião

Coluna Esplanada: bola murcha, BolsoCastro e Pfizer

Coluna Esplanada: bola murcha, BolsoCastro e Pfizer

Bola murcha

A pouco mais de dois meses da abertura da Olimpíada de Tóquio, o governo do Brasil não se aqueceu ainda para entrar nos Jogos, a exemplo de outras edições. A Secretaria de Esporte do Ministério da Cidadania não definiu a comitiva que vai representar o governo no Japão, nem se o presidente Jair Bolsonaro vai ou se será um ministro. Sequer terá estrutura para receber autoridades e parceiros na capital japonesa. O cenário contrasta com a relevância do assunto para outros países que sempre trataram os Jogos como vitrine para mostrar a hegemonia no esporte como incentivo ao patriotismo.

BolsoCastro

Vem aí a chapa BolsoCastro 2022. O presidente Jair Bolsonaro conversou no Rio com o governador Cláudio Castro. Quer injetar bilhões de reais em programas federais no Estado, o terceiro maior colégio eleitoral do Brasil.

Urna fluminense

Bolsonaro repete o que o então presidente Lula fez com Sérgio Cabral. Mas sem roubalheira. A conferir. Lula e Cabral não eram amigos. O ex-governador apoiara Geraldo Alckmin no 1º turno contra o petista. Lula e Cabral seriam aliados depois.

Pfizer no Rio

O município do Rio de Janeiro começou a aplicar a vacina da americana Pfizer. No Catete, o atendimento ontem foi de primeiro mundo, contam moradores.

Por garantia

Mas há carioca de olho na 2ª dose, em tempos de escassez. Contato da Coluna vai impetrar ação na Justiça para voltar após 21 dias, conforme o procedimento da Pfizer.

QG em Brasília

Uma reunião na noite de terça-feira num apartamento na Quadra 309 Sul selou em Brasília o pré-lançamento de Lula da Silva na disputa presidencial. Foi na residência do senador Paulo Rocha (PT-PA). A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, foi a anfitriã também. Estrela da noite, Lula da Silva foi ovacionado em brindes.

Pauta

O movimento de vans com assessores, parlamentares e carros oficiais foi grande. Na conversa que varou a noite, também falaram dos rumos que a CPI do Covid-19 pode tomar, e da importância do Auxílio Emergencial na pandemia.

Ruim de matemática

Abraham Weintraub não é só ruim na ortografia. Em entrevista a um canal de TV, o ex-ministro da Educação errou os dados sobre a TV Escola, ao citar um corte de R$ 550 milhões que fez  na emissora. Na verdade, esse é o custo anual da TV Brasil. O antigo conselho de administração da TV Escola aprovou a renovação do contrato de cinco anos por R$ 350 milhões; ou seja, R$ 70 milhões/ano.

Tão perto

A decisão final do valor do contrato era do próprio Weintraub. Esse conselho era autônomo e integrado por 40% de representantes do Governo, três deles escolhidos pelo ministro. Dois eram os seus principais assessores, Victor Metta e Sérgio Cabral Santana – este advogava enquanto trabalhava no MEC para grandes grupos de educação.

Troco elegante

O ministro do STF Alexandre de Moraes não só prorrogou o inquérito das fake news na Corte como determinou que o TSE investigue as prestações de contas do Diretório Nacional do PTB dos últimos cinco anos. É um cerco discreto ao manda-chuva da legenda, Roberto Jefferson, que há meses faz ataques abertos aos ministros da Corte.

Giroflex ligado

Entre gabinetes do Judiciário e portas do PTB, o recado velado, em forma de investigação oficial, foi claro: Moraes quer saber se Jefferson foi beneficiado pessoalmente por verbas partidárias, que são oriundas de dinheiro público.

Esperteza

Pelo menos seis pessoas até agora surgiram, da noite para o dia, como possíveis ganhadores do prêmio da Mega da Virada que não foi resgatado. Mas o MPF recusou a ação de todos eles contra a Caixa. E já prescreveu o prazo regimental de saque.

*Texto editado às 13h47 de 06/05/2021 para corrigir a nota Ruim de matemática, a pedido do editor