Política

Coluna Contraponto do dia 12 de abril de 2018

Os Sem-Beto e os Sem-Requião

As eleições de outubro podem deixar órfãos dois grandes grupos políticos do Paraná: com a Operação Lava Jato se aproximando perigosamente do ex-governador Beto Richa, sem o privilégio do foro, e Roberto se preparando para mudar a assinatura para “Roberto Lula Requião”, quem é que vai se arriscar a uma coligaçãozinha básica? Com a palavra os três pré-candidatos ao governo: Cida Borghetti, Ratinho Jr. e Osmar Dias.

Fecomércio

Depois de 15 anos, a eleição na Fecomércio (Federação do Comércio do Paraná) poderá ter disputa acirrada. Dois sindicatos patronais, de Maringá e Paranavaí, lideram a oposição contra o atual presidente, Darci Piana, um dos mais longevos ocupantes da presidência da entidade. Piana só perde em tempo de liderança na Fecomércio para o presidente da Faep (Federação da Agricultura), Ágide Meneghette, há 30 anos no cargo e reeleito recentemente.

1ª batalha

A Fecomércio é a primeira batalha sob a influência da família Barros depois que a governadora Cida Borghetti assumiu o governo. Se o sindicato de Maringá for vitorioso, a família contará com mais um setor a seu favor, o comércio. Na agricultura, as ligações da família Barros com os Meneghette são antigas e consolidadas.

Na Fiep

No primeiro governo de Beto Richa, o deputado Ricardo Barros (PP) era secretário da Indústria e Comércio e disputou a presidência da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), mas foi vencido por Edson Campagnolo, atual presidente.

Escanteados

A ex-primeira-dama e secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, e o cunhado dela, Pepe Richa, secretário de Infraestrutura, não foram chamados para compor o palanque de autoridades na posse da nova comandante da PM do Paraná, coronel Audilene Dias Rocha, ontem. Estavam no palanque a governadora Cida Borghetti, o marido dela, deputado federal Ricardo Barros e outras autoridades.

Distantes

A presença de Fernanda e Pepe Richa foi apenas anunciada pelo mestre de cerimônias e, mesmo assim, após o início do evento. Ambos permaneceram à distância.

Dedução

Das duas, uma: ou o volume de áulicos aumentou tanto nos últimos dias que seria capaz de colocar em risco a segurança do palanque da posse ou o pessoal ligado ao governador Beto Richa já começa a sentir que, sem o poder, vai ficar ao relento, chova ou faça sol.

Gleisi Lula

Além de deputados federais petistas que pediram para incluir Lula em seus nomes parlamentares, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e nomeada porta-voz oficial do ex-presidente, passará a se chamar Gleisi “Lula” Hoffmann, com direito a assim ser identificada no painel eletrônico. O anúncio foi feito por ela mesma em sua conta no Twitter, ao postar ofício endereçado ao presidente do Senado: “Somos tod@s Lula, Eu sou Lula!”