Política

Coluna Contraponto do dia 11 de abril de 2018

Eminência parda no Palácio

Circula com desenvoltura pelos principais gabinetes do Palácio Iguaçu o advogado Roberto Bertholdo, com postura de quem mantém antigas e estreitas ligações com a família Barros, que agora comanda o governo do Estado, e já é tido como a mais nova eminência parda do Centro Cívico. Compreende-se: Bertholdo sempre manteve ligações com o falecido deputado José Janene, que por anos liderou (às claras ou nos bastidores) o PP nacional e paranaense – posição que depois passou a ser ocupada com mais competência e equilíbrio por Ricardo Barros.

Novo “forasteiro”

Agita-se outra vez a PGE (Procuradoria-Geral do Estado) com a informação de que a governadora Cida Borghetti está mesmo decidida a nomear um advogado que não faz parte dos quadros da instituição. O nome que agora vem sendo dado como certo é de Sandro Kosikoski. A nomeação foi assinada no fim da tarde de ontem.

Tudo em casa

Após a reação ao primeiro nome cogitado, de Flávio Pansieri, sócio de Diego Campos (genro de Cida, marido da deputada Maria Victória) em escritório de advocacia, houve troca muito singela: Sandro Kosikoski é sócio do mesmo escritório.

Barrados no baile

Os nove governadores que aportaram em Curitiba na tentativa de visitar o ex-presidente Lula na sede da Polícia Federal foram barrados. O impedimento se deu por decisão da 12ª Vara da Justiça Federal, a quem cabe fazer cumprir os regramentos da execução penal.

Carta

No lugar da visita, os governadores e outros cinco políticos que pretendiam fazer a visita tiveram de se contentar com a entrega de uma carta de solidariedade a Lula. A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, imediatamente fez o registro em sua conta no Twitter.

Requião vetado

Um dos vetados foi o senador Roberto Requião. Ele se incluiu no pedido de autorização de visitas, mas teve a cara batida na porta.

Fraude na Copel

Integrantes de uma quadrilha suspeita de envolvimento num esquema milionário de fraude contra Copel foram alvos de uma operação deflagrada nessa terça-feira pela Polícia Civil do Paraná. Policiais cumpriram dois mandados de prisão temporária (5 dias), um de prisão domiciliar e quatro de busca e apreensão em Ipiranga, região dos Campos Gerais.

Causa Ganha

Os alvos dessa operação, batizada como “Causa Ganha”, são advogados e peritos suspeitos de fraudar ações judiciais – por isso o nome da ação policial. A fraude envolvia ações indenizatórias ajuizadas por fumicultores contra a Copel, em virtude da má prestação do serviço, neste caso a queda de luz, que acabaria provocando a perda do fumo no processo de secagem. Após a suspeita de fraudes, a Copel procurou a polícia e foi apurado que o crime ocorria desde 2015.

Desvios

Pelo menos R$ 1 milhão foram desviados pelo trio, mas a investigação apura a participação dos suspeitos em outras centenas de ações podendo chegar a mais R$ 9 milhões de prejuízo para Companhia de Energia Elétrica do Paraná. A investigação foi conduzida pela delegacia Ipiranga, com apoio do Nurce (Núcleo de Repressão dos Crimes Econômicos), da Polícia Civil do Paraná.