Política

Coluna Contraponto do dia 04 de setembro de 2018

Bolsonaro fala em fuzilar petralhada

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) causou controvérsia nas redes ao simular um fuzilamento durante campanha em Rio Branco, no Acre. De cima de um trio elétrico, enquanto discursava para apoiadores no último sábado, o político “empunhou” um tripé de câmera como arma e disparou contra seus adversários petistas. “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre. Vamos botar esses picaretas para correr do Acre. Já que gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir para lá. Só que lá não tem nem mortadela. Vão ter que comer capim mesmo”, ressaltou o candidato, que foi ovacionado pelo público.

“Era brincadeirinha”

O vídeo do discurso foi compartilhado nas redes sociais e motivou embates entre apoiadores e críticos do candidato. Enquanto seus eleitores ressaltaram estar claro o tom de brincadeira, parte dos internautas acusou o deputado de fazer apologia à violência. As imagens não foram publicadas nas redes do político, que exibiu seu encontro com índios e sua recepção na capital acreana. “Esse é o candidato que usa Deus em seus discursos, defende a família e nos debates prega a união de todos os brasileiros?”, questionou um internauta, ao postar o vídeo.

Gleisi barrada

A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, foi barrada por agentes da Polícia Federal quando tentou, na manhã de segunda-feira (3), visitar o ex-presidente Lula, preso na sede da superintendência da PF em Curitiba.

Cassada

Semana passada, a Justiça Federal cassou sua condição de advogada de Lula, o que lhe permitia visitá-lo sempre que quisesse. Como não atua como defensora nos tribunais e seus contatos com o ex-presidente têm apenas objetivos políticos, a juíza Carolina Lebbos, da Vara Federal de Execuções Penais, suspendeu restringiu seu direito de visitas apenas para as quintas-feiras.

Com Haddad

Gleisi acompanhava Fernando Haddad, virtual candidato a presidente da República na chapa do PT em substituição a Lula. Embora inscrito como advogado, Haddad foi à PF para conversar sobre política.

O mistério

As duas pesquisas que devem (talvez) sair nesta terça-feira – Ibope/RPC e Radar – podem resolver uma incógnita que se estabeleceu desde que o candidato do PDT abandonou o páreo, com quase 30% de intenções de votos. Nas sondagens seguintes, os candidatos Carlos Ratinho (33%) e Cida Borghetti (20%) mantiveram seus números e o deputado João Arruda, que assumiu a candidatura de oposição, ficou nos 5%.

E agora?

E para onde foram os quase 30% dos votos que seriam destinados ao irmão de Alvaro Dias? Ninguém sabe. No fim de semana, em Curitiba, o candidato a presidente do PDT, Ciro Gomes, disse que não entendeu bem por que Osmar Dias desistiu de concorrer. Nem ele nem o Paraná inteiro. Ninguém, em sã consciência, desiste de uma parada com quase 30% nas pesquisas. Só o Osmar Dias.

Beto apanha

A única certeza do início da campanha eleitoral no rádio, na TV e nos Faces da vida é que o ex-governador Beto Richa vai levar mais cacetada do que professor do Paraná em manifestação do Centro Cívico.

Até tu…

Até o ex-senador Flávio Arns, durante debate na Gazeta, com aquele tom de voz de sacerdote germânico-paroquial, foi no fígado de Beto Richa. Responsabilizou-o pela decadência da educação no Paraná. E Arns foi aliado, vice-governador e… secretário da Educação no primeiro governo Beto.

Adversários

Os três candidatos ao governo não deixam por menos. O emedebista João Arruda diz que seus adversários Cida Borghetti e Carlos Ratinho sempre estiveram “assim ó” com o Beto. E o pior (para Beto) é que os dois aliados no governo se ofenderam e até foram à Justiça Eleitoral pedir que João Arruda se calasse. Doeu. Se os aliados se comportam assim, imaginem o que vem por aí. Beto Richa está no mato sem nenhum “bichon frisé” branco, chamado Hugo Henrique, pra espantar as raposas ardilosas da campanha eleitoral.