Política

Coluna Contraponto do dia 03 de abril de 2018

Habemus jatinho!

Habemus jatinho! Depois de três editais e quase cinco meses de lida, o governo do Paraná conseguiu alguém disposto a oferecer serviço de táxi aéreo. Desde novembro passado a Casa Militar vinha tentando licitar o serviço – informa o Livre.Jor, diligente site de jornalistas independentes especializado em acompanhar e checar atos oficiais. A vencedora é a mesma que já oferece o táxi aéreo para o governo desde 2013, a Helisul. O preço arrematado é o teto indicado na licitação, de até R$ 4,8 milhões por um ano de serviços.

O que muda?

O que mudou desde o primeiro edital? A idade das aeronaves. Ou seja, para conseguir contratar o serviço, o governo resolveu “baixar a exigência” e passou a aceitar que aeronaves mais velhas entrem no páreo. Nos editais anteriores, as aeronaves tinham de ter “fabricação máxima de 15 anos”. A exigência deixou de existir no edital atual.

Valores

O valor do quilômetro voado oferecido pela Helisul é de R$ 36. A estimativa apresentada pelo governo no edital é de 135 mil quilômetros ao longo do ano. O resultado é um total de exatos R$ 4,86 milhões pelo contrato.

Alvaro e Riachuelo

Em entrevista ao jornal El País, da Espanha, o senador Alvaro Dias insinuou a possibilidade de ter o dono das Lojas Riachuelo, Flávio Rocha – que acaba de se filiar ao PRB -, como vice em sua chapa de candidato a presidente da República pelo Podemos. Alvaro relatou ao jornal que vem buscando aproximação com o PRB visando ao fortalecimento de sua campanha e o partido de Rocha pode não só agregar mais tempo de rádio e televisão nos programas do horário gratuito do TRE como também contribuir com mais recursos dos fundos partidário e eleitoral.

Ricardo Barros vem aí

Livre, leve e solto, chega a Curitiba esfregando as mãos Ricardo Barros, já na qualidade de ex-ministro da Saúde. Deputado federal, candidato à reeleição, encantador de políticos e partidos políticos, amigo de Michel Temer e marido da quase governadora Cida Borghetti. Tudo isso junto e não necessariamente nessa ordem.

Com a corda toda

Numa definição mais popular, poderia se dizer que Ricardo Barros está como o diabo gosta. Ou, numa expressão mais simplória, como pinto no lixo: com uma linda e cordata mulher no cargo mais importante do Paraná, a chave do cofre bilionário nas mãos, uma Princesinha na Assembleia e um irmão com fama de inteligente para montar ideias, Ricardo Barros só pode ser um homem nadando em felicidade. Nesse mundo pleno, alguém precisa cutuca-lo de vez em quando e lembrar: Beto Richa ainda vive.

Jejuar é preciso, Deltan?

Esse procurador-chefe da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, é uma figura. Extremamente focado, preparado, beato, estudado, bonitinho e criador irreparável de power-points, agora inova na ação. Anunciou que vai jejuar (não disse por quanto tempo, mas isso é importante) e orar até o ex-presidente Lula ser preso na condição de réu na segunda instância.

Inédito

É a primeira vez na história da Justiça brasileira que um procurador jejua e ora para ver seu réu condenado. E essa atitude inédita leva a duas conclusões: Ou o procurador Dallagnol não acredita piamente nas provas que produziu contra o réu ao longo dos últimos 4 anos e precisa da ajuda e do poder divinos para concluir seu trabalho; ou o procurador Dallagnol criou uma obsessão tão profunda e definitiva pela condenação do ex-presidente Lula que vai deprimir total se não vê-lo atrás das grades.