Cotidiano

Colômbia libertará presos do ELN para atuarem como gestores da paz

COLOMBIA-ELN-HOSTAGE-RELEASEBOGOTÁ ? O governo da Colômbia vai libertar prisioneiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) para que sejam ?gestores da paz? e facilitem as negociações com a guerrilha, informou nesta terça-feira o arcebispo de Cali, Dom Darío Monsalve, mediador dos diálogos.

De Caracas, delegados do ELN e do governo de Juan Manuel Santos anunciaram na segunda-feira que em 27 de outubro serão iniciadas em Quito as negociações formais para acabar com um confronto armado de mais de meio século.

? O governo vai libertar alguns prisioneiros do ELN que vão atuar, e alguns deles já vêm atuando, como gestores de paz. Muito conhecedores das regiões, certamente estarão na mesa de Quito ? disse Monsalve à Rádio Caracol.

De acordo com o arcebispo, ligado às negociações do governo com o segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia depois das Farc, o ELN tem cerca de 500 prisioneiros e alguns exigem uma solução humanitária para os seus casos, o que poderia ocorrer nas próximas semanas, ?simultaneamente com a libertação de reféns ainda em poder do grupo rebelde?.

A decisão de libertar alguns rebeldes, como parte de um pacto humanitário, foi fundamental para descongelar as negociações, explicou Monsalve.

Em março, as partes haviam anunciado a instalação de uma mesa de diálogo. No entanto, o processo foi freado até agora pela exigência de Santos que os guerrilheiros deveriam primeiro libertar todos os reféns, assim como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) fizeram para dar início às negociações em 2012.