Cotidiano

Colégio Eleitoral reclama de pedidos para reveter vitória de Trump

2016_925320621-201607240154530429_AP.jpg_20160724.jpgNASHVILLE – Membros do Colégio Eleitoral de Tennessee reclamaram, nesta sexta-feira, que estão sendo importunados por centenas de pedidos para que revertam a vitória de Donald Trump no estado. De acordo com os delegados, pessoas contrárias ao magnata vêm fazendo diversos telefonemas e enviando vários emails diariamente com pedidos para que eles não votem em Trump. Trump – 18.11

No sistema eleitoral americano, o candidato à presidência mais votado acaba ganhando os votos de todos os delegados do estado em questão – cada estado tem um número determinado de delegados, de acordo com sua representatividade no Congresso nacional. Neste ano, os delegados de todo o país darão seus votos no dia 19 de dezembro.

No entanto, é possível que os delegados sejam “infiéis” e optem por não votar no candidato mais votado em seus estados. A possibilidade foi a base, inclusive, para uma petição online organizada logo após o resultado das eleições, pedindo que o Colégio Eleitoral boicotasse Trump.

Segundo o representante do 7º distrito do Tennessee (onde Hillary foi vencedora), Pat Allen, boa parte do seu tempo vem sendo gasto apagando emails que pedem para o delegado não votar em Trump em dezembro. Allen classificou o ato como “perseguição”, mas garantiu que não fará com que tente reverter o resultado eleitoral. Outros delegados se posicionaram da mesma forma:

– Não há quantidade de dinheiro que poderia me fazer mudar o voto – afirmou Lynne Davis, representante do 4º distrito do estado.

PETIÇÃO TEM 4,4 MILHÕES DE ASSINATURAS

A petição online criada logo após a eleição, no site Change.org, soma atualmente mais de 4,4 milhões de assinaturas. Seus criadores argumentam que a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, representa a vontade da maioria da população, já que foi a vencedora no total de votos – segundo cálculos do New York Times, ela teve pouco mais de 200 mil votos do que Trump. O magnata, contudo, conquistou maior número de delegados ao vencer estados com maior peso no sistema eleitoral.

A própria petição lembra que alguns estados têm leis contra a “infidelidade” dos delegados – mas garante que isso não seria problema:

“Eles (os delegados) podem votar em Hillary Clinton se quiserem. Mesmo nos estados em que isso não é permitido, os votos deles ainda seriam contados, e eles simplesmente pagariam uma pequena multa – o que nós temos certeza que os apoiadores de Clinton ficariam felizes em pagar!”, diz o texto do abaixo-assinado.