Cotidiano

Colega de escola de George Michael revela poemas da infância do cantor

63655123_FILE - In this Sept 9 2012 file photo British singer George Michael performs at a concert t.jpg Links George MichaelRIO ? Uma colega de escola do cantor George Michael, que morreu em 25 de dezembro de 2016, vítima de um ataque cardíaco, resolveu trazer à tona dois poemas da época em que estudavam juntos (veja os arquivos originais aqui). Penny Ling, de 51 anos, descobriu os textos do artista após remexer o anuário de 1974 da Roe Green Junior School, um colégio infantil de Kingsbury, distrito de Londres, Inglaterra. Ela manteve o segredo guardado por mais de 20 anos, deixando que apenas amigos próximos conhecessem as obras.

Os poemas, “Sounds in the night” e “The story of a horse” (“Sons da noite” e “A história de um cavalo”, respectivamente, em tradução livre) já davam sinais da desenvoltura de George Michael com a escrita. Os dois títulos mostram a capacidade de pensar em enredos complexos, construídos com ritmo de texto e emoção. Na época, ele tinha entre nove e onze anos, de acordo com a amiga, e encerrava as histórias com o nome de nascimento, Georgios Panayiotou.

Penny encontrou os textos de George depois que a irmã se deparou com a figura do cantor ? que até então era integrante da dupla Wham! ? durante uma cerimônia de entrega de prêmios no fim dos anos 1980. Ela reconheceu o artista porque foi colega de classe da irmã de Michael, Melanie, que estudou na mesma escola. A notícia da irmã fez a inglesa revirar o anuário e encontrar os poemas.

“Nós tivemos aula com o mesmo professor chamado Sr. Ian Greenwood, que ensinava escrita criativa. Eu me pergunto se parte significativa da capacidade de escrita de George veio dessa aula”, questiona Penny,. Para ela, o jeito como o artista escrevia era muito complexo para alguém de sua idade.

Ela calcula que conheceu o cantor quando tinha entre seis e nove anos e se lembra até hoje da personalidade do amigo, que também brincava com ela fora da escola: “Ele não era uma pessoa agitada ou que gostava de aparecer. Ele não se destacava por ser excepcional ou diferente. Ele era como todos nós.”