Cascavel – Atividade tida como passatempo por alguns e compulsão por outros, colecionar figurinhas é “profissão” há mais de 10 anos para o aposentado Orestes Suchodolak, de 66 anos, em Cascavel.
Aficionado pela prática, ele consegue conciliar a satisfação em colecionar figurinhas com uma oportunidade de mercado: vender unidades avulsas a outros colecionadores.
“Comecei a colecionar em 2006, depois que me aposentei. Colecionar era uma vontade que eu tinha quando era criança, mas à época eu não conseguia ter álbuns porque eu era de família pobre e meu pai não me dava dinheiro para comprar. Agora pra compensar faço coleção de tudo o que é tipo de figurinhas. Tenho vários álbuns desde 2006, quase todos do Campeonato Brasileiro, mas em ano de Copa há mais colecionadores”, explica o aposentado.
Orestes lembra que foi na Copa de 2014, realizada no Brasil, que houve um boom na procura por figurinhas, e que ele viu uma oportunidade de negócio.
“A grande venda começou em 2014 e este ano está boa também. Eu vendo figurinhas soltas para quem precisa completar o álbum. As pessoas já me conhecem, então enviam mensagem pelo WhatsApp dizendo quais precisam e depois vêm busca-las. Os colecionadores sabem onde me encontrar. Tenho alguns pontos fixos, como em frente a alguns colégios, que é para facilitar aos pais e jovens”, explica Orestes, que criou uma empresa para poder comprar figurinhas diretamente da editoria oficial.
“O pacote fechado custa R$ 2 e contém 5 figurinhas, o que faz com que cada unidade custe R$ 0,40. Eu também vendo figura solta por R$ 0,50, mas há as prateadas, que são os escudos, que são mais caras porque são diferenciadas, mais difíceis de conseguir”, explica o aposentado, que abre cerca de 500 pacotinhos por dia e revela que a figurinha mais difícil de ser encontrada é a de um brasileiro, mas que não irá a campo na Copa da Rússia 2018: “A mais difícil é a do Pelé, a penúltima do álbum, que está na sessão das lendas das Copas por ser o jogador com o maior número de vitórias na competição”, diz o aposentado.
