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COI anuncia o nome dos 10 atletas do time de refugiados

RIO – Foram anunciados oficialmente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta quarta-feira o nome dos 10 atletas que vão compor a equipe dos refugiados nos Jogos. O time é formado por dois nadadores sírios, dois judocas congoleses, um maratonista da Etiópia e cinco corredores de meia-distância do Sudão do Sul. Conheça os competidores:

Yolande e Popole COI.jpgOs judocas Yolande Mabika e Popole Misenga escolheram o Brasil como nova casa desde que deixaram sua terra natal. Aqui, eles treinaram forte para a disputa dos Jogos sob a bandeira olímpica.

Yusra Mardini COI.jpg– Eu vou fazer parte desta equipe de atletas refugiados e vou ganhar uma medalha. Eu sou uma atleta competitiva, e esta é uma oportunidade que pode mudar a minha vida. Espero que minha história seja um exemplo para todos, e talvez a minha família me veja e possamos estar juntos novamente – afirmou Mabika, que treinou em uma escola mantida pelo campeão olímpico brasileiro Flavio Canto. Refugiados Olímpicos

Na natação, a síria Yusra Mardini treinou em um local diferente de seu compatriota Rami Anis. Ela foi para a Alemanha para se praparar para disputar os 200m livre, enquanto ele ficou na Bélgica treinando para os 100m borboleta. Antes de botar o seu talento na piscina para competir, a nadadora de 18 anos já havia usado o dom para ajudar um barco a desencalhar e chegar na Grécia. Ela caiu na água com a irmã e empurrou a embarcação que levava cerca de 20 pessoas.

– Algumas pessoas não sabiam nadar. Teria sido vergonhoso se as pessoas em nosso barco tivessem se afogado. Eu não iria ficar sentada e reclamar que eu poderia me afogar – lembrou Mardini, que representou a Síria no Mundial de Natação em 2012.

Os atletas do Sudão do Sul estão em maioria na equipe. Os cinco se refugiaram no Quênia, onde treinaram para provas de atletismo. Paulo Lokoro e Anjelina Lohalith para os 1.500m, James Chiengjiek, Yiech Biel e Rose Lokonyen nos 800m.

Rose Lokonien COI.jpg– Eu serei uma representante do meu povo lá no Rio e talvez, se eu for bem-sucedida, possa voltar e realizar uma corrida para promover a paz e unir as pessoas – disse Lokonyen, de 23 anos, que descobriu o seu talento em uma competição escolar, já no Quênia.

Aos 36 anos, Yonas Kinde vai representar a Etiópia na maratona. Ele deixou sua terra natal e foi para Luxemburgo há cinco anos, onde dirige um táxi para ganhar a vida.

Yonas Kinde COI.jpg– Eu acho que vai ser a grande mensagem que refugiados, jovens atletas, podem dar o seu melhor – comentou o maratonista.