BRASÍLIA – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou nesta quinta-feira que vai pedir o afastamento do advogado João Carlos de Figueiredo Neto do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda. O advogado foi preso ontem à noite no Café Suplici, no Shopping Iguatemi, em Brasília. Ele é acusado de cobrar R$ 1,5 milhão para atender interesses do Itaú no processo de fusão do banco com o Unibanco. Indicado pela CNI para uma vaga no Carf, Neto é relator do processo de fusão dos dois bancos.
A entidade enviará hoje para o Carf o pedido de descredenciamento deste conselheiro, diz a CNI em nota enviada ao GLOBO.
Segundo o texto, a confederação repudia veementemente a atitude do conselheiro João Carlos de Figueiredo Neto. Para a entidade, o comportamento do conselheiro está claramente em desacordo com o Código de Ética do Sistema Indústria, que deve ser seguido por dirigentes, colaboradores e representantes.
A CNI afirma ainda que apoia as investigações e defende a punição de eventuais culpados por supostas fraudes em julgamentos do Carf.