Cascavel – Áreas que concentram grande quantidade de pessoas em busca de qualidade de vida, os clubes sociais passaram por algumas mudanças nos últimos anos, seja para se adequar à chegada dos residenciais que disponibilizam piscinas, academias e salões para seus moradores ou para concorrer com videogames e computadores que prendem crianças dentro de casa. Para mostrar um pouco as opções de lazer dos clubes cascavelenses, O Paraná publicará nos próximos fins de semana uma série de matérias sobre esses locais.
Clube social que carrega um nome que o faz ter homônimos em praticamente todos os estados do País, o Country Clube de Cascavel foi fundado em 1963 com o objetivo de proporcionar a prática da educação física e do esporte amador e de realizar atividades de caráter social, recreativo, cultural e cívico por meio de um sistema criado para estimular o espírito de compreensão e companheirismo entre seus associados.
Localizado em região nobre da cidade e com grafia gringa no nome, por muitos anos o CCC foi envolto num certo status que pode até ter afastado alguns postulantes a sócios, mas que com certeza permitiu ao clube se manter praticamente com a mesma estrutura desde a inauguração, com vasto espaço verde que conta com áreas de churrasqueiras e um bosque de pinheiros que embeleza uma área urbana e faz com que o clube tenha diversos prédios residenciais no entorno.
Tênis como carro-chefe
O ambiente de calmaria, inclusive, faz com que o local seja palco quase que vitalício de uma das mais importantes competições da modalidade no País, o Open Beal de Tênis, que distribui premiação em dinheiro e pontos para o ranking internacional dos atletas, o que atraiu a Cascavel tenistas de Alemanha, Chile, Paraguai, Argentina e até do Japão.
De acordo com o diretor de Esportes João Pudell, o tênis é realmente o carro-chefe do clube.
Os campeonatos internos ocorrem a cada 60, 90 dias, enquanto as competições de futebol e futsal são realizadas a cada semestre, geralmente.
Com o sucesso da modalidade, o clube passou recentemente a oferecer outro esporte olímpico que utiliza raquete: o badminton. Para isso, conta com o professor Adriano Fiori, nome que é referência nacional no esporte.
Um novo clube
De acordo com o diretor João Pudell, a diversidade de modalidades esportivas oferecida pelo clube visa a possibilitar mais opções para atrair o associado ao clube. Na visão do dirigente, os clubes precisam sofrer mudanças para acompanhar as alterações pelas quais passa a sociedade.
Os clubes estão sofrendo mudança de perfil. Antes eram locais muito mais utilizados, porque não havia tantas opções de lazer. Hoje, por exemplo, as pessoas têm computador em casa e é mais difícil levar o filho para o clube. As crianças preferem ficar jogando. Mas como Cascavel se tornou um centro universitário, muitas pessoas têm vindo de fora da cidade nos procurar. E nós temos uma flexibilidade muito boa em relação aos planos. Não é necessário o associado adquirir o título para utilizar o clube. Ele pode ser um sócio-participativo, tanto individualmente quanto na forma de sócio-familiar, pagando apenas a mensalidade. Então, o perfil do associado mudou bastante. Antigamente o Country era visto como um clube de elite, que tinha panelinha, mas hoje isso não existe mais, é um clube de classe média, diz Pudell, revelando que o valor do sócio-individual é R$ 150 e que muitos que fazem essa opção se interessam inicialmente apenas pela academia de musculação, mas acabam desfrutando também das demais alternativas oferecidas pelo clube.
Escolinha de futsal
Outro fator que deixou o clube mais social foi disponibilizar a estrutura física para uma escolinha de futsal ensinar o esporte a crianças e jovens oriundos de famílias de diferentes classes sociais. Além disso, o acesso é facilitado aos que têm interesse em conhecer o clube. Para isso, basta solicitar o acesso de visitante para ter a entrada liberada e passar um dia no local.
