Cotidiano

Clube Magnatas do Rocha sedia um campeonato estadual de quadrilhas juninas

RIO — Vinte e sete quadrilhas começam a disputar neste sábado, às 20h, as vagas para a final do campeonato estadual promovido pela Associação de Quadrilhas Juninas do Estado do Rio de Janeiro (AquaRio) nas categorias roça, salão e infantojuvenil no Clube Magnatas do Rocha. O evento, que tem classificação etária livre e entrada franca, acontece neste fim de semana (domingo, às 17h) e no próximo (dias 16 e 17, no mesmo horário). Os grupos que encantam pelo colorido das vestes e pela dança sincronizada serão julgados nos quesitos figurino, coreografia, animação e dança, conjunto, obrigatoriedade e tema, em avaliação que promete disputa acirrada. Assim como os quadrilheiros, boa parte dos integrantes do júri faz parte do carnaval carioca e tem olhar criterioso para a história contada em meio aos “anarriês”.

— Esperamos um grande espetáculo agora nas semifinais, já que os que passaram pelas classificatórias se destacaram pela forma como conseguiram puxar a atenção do público para si. Emocionaram cada um de uma forma diferente, com um tema próprio. Imagino que o júri tenha de buscar o que erra menos para determinar os melhores — conta Cris Gurjão, presidente da AquaRio.

Para encantar o público e o júri é necessário que, além do figurino caprichado (muitos são confeccionados por aderecistas do carnaval), a coreografia esteja em dia e seja apresentada com animação, energia e de forma sincronizada. Os grupos devem ser compostos por, no mínimo, 12 pares na apresentação, que não pode passar de 30 minutos de dança. Caso contrário, perdem ponto na nota. E, mesmo que não seja item obrigatório, todos eles têm casal de noivos, além de rainha, princesa, sinhazinha e viúva. Alguns também dispõem destes papéis na versão masculina, mas é menos frequente. Certo mesmo é a obrigatoriedade de manter os costumes e não descaracterizar a tradição nascida na festa de São João, à exceção da pirotecnia com fogos de artifício e balão.

— São proibidos os fogos, os animais e os veículos motorizados, senão corremos o risco de perder a essência da quadrilha. Mas outros maquinários que embelezam a apresentação, como as máquinas de chuva de prata e de fazer fumaça, são liberados — afirma Cris.

O Carroça da Alegria é um dos semifinalistas e aposta na empolgação pelo título.

— Diferentemente de outras quadrilhas, entendemos que não dá para apresentar espetáculo pela metade. Não temos surpresa. Nosso maior triunfo é a alegria — diz Marcelo de Almeida, marcador e presidente do grupo do Engenho Novo.

Passada a semifinal, os finalistas (oito na categoria roça; três na salão; e outros três na infantojuvenil) decidirão os campeões na quadra da Vila Isabel, no bairro homônimo, dia 24. A lista será conhecida dia 19, na abertura dos envelopes com as notas.