SANTIAGO ? “Neruda”, de Pablo Larraín, é a aposta chilena para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Protagonizado por Luis Gnecco como o poeta e senador chileno, vencedor do prêmio Nobel de 1971, o filme conta ainda com Gael García Bernal.
O longa de Larraín retrata a vida de Neruda durante o ano de 1948, quando o então presidente chileno, Gabriel Gonzalez Videla, começou uma perseguição aos comunistas. O escritor precisou se esconder antes de fugir para a Argentina e para a França. Na trama, García Bernal vive o inspetor Óscar Peluchonneau, que persegue Neruda.
O ministro da Cultura do Chile, Ernesto Ottone, fez o anúncio do filme, e ainda apontou “Aquí no ha pasado nada”, de Alejandro Fernández, como o concorrente a uma vaga na disputa pelo prêmio Goya.
“São produções feitas em um dos melhores momentos do audiovisual em nosso país”, disse Ottone. Caso “Neruda” seja escolhido entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro, esta será a segunda vez que Larraín concorre na categoria. A primeira foi em 2013, por “No”, também a primeira vez que o Chile participou da disputa.
“Neruda” disputa uma vaga entre os cinco indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro com o brasileiro “Pequeno segredo” e o espanhol “Julieta”, entre outros. Os indicados ao maior prêmio do cinema serão conhecidos em janeiro.
Já “Aquí no ha pasado nada” é um longa de mistério em que as diferenças sociais e econômicas enfrentam a Justiça. Baseia-se no caso de Martin Larrain, filho de um conhecido e poderoso senador de direita, que foi absolvido após ter atropelado e matado uma pessoa.
