Foz do Iguaçu – Os últimos dias têm sido de intenso movimento em Cidade do Leste, que hoje entra em novo toque de recolher para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.
E esse movimento já se reflete na economia da cidade. Em entrevista ao jornal La Nación, a advogada Linda Taigem, presidente do Codeleste (Conselho de Desenvolvimento de Cidade do Leste), informa que números oficiais e extraoficiais mostram que já foram recuperados cerca de 80% dos postos de trabalho, formais e informais. “Depois da reabertura da Ponte da Amizade, conseguiu-se o respiro econômico que necessitávamos, porque as cidades de fronteira estão entrelaçadas, a circulação econômica depende uma da outra”, explicou.
Segundo ela, o aumento do movimento comercial e econômico está ocorrendo de maneira paulatina.
Ela estima que entre 20% e 30% das lojas não reabriram em 15 de outubro, com a Ponte da Amizade. “Alguns já não voltarão a fazer isso, e outros estão analisando a situação”, disse.
O La Nación informa que várias lojas localizadas na região mais ao sul do Centro estão fechadas porque seus principais clientes eram compradores argentinos, cuja fronteira com Paraguai e Paraguai continua fechada e sem data para reabrir.
O secretário de Comércio e Indústria do departamento de Alto Paraná, Iván Airaldi, diz que existem “ao menos 60% de locais fechados” em Cidade do Leste, na maioria médias e pequenas empresas. “A situação está muito complicada”, disse ao La Nación.
Apesar disso, Airaldi avalia que a economia está se equilibrando devagar, mas que as proibições para festas de fim de ano geram preocupação, já que havia muita expectativa dos empresários em relação às comemorações.
