Cotidiano

China instala sistemas de armas em ilhas artificiais

SOUTHCHINASEA-CHINA_ARMSWASHINGTON – A China parece ter instalado armas, incluindo sistemas antimísseis e antiaeronaves, em todas as sete ilhas artificiais que construiu no Mar do Sul da China, informou nesta quarta-feira um grupo de estudos americano, citando novas imagens de satélite.

A Iniciativa de Transparência Marítima da Ásia (AMTI) no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais disse que suas descobertas acontecem apesar das declarações da liderança chinesa de que Pequim não tem intenção de militarizar as ilhas na rota comercial estratégica, onde o território é reivindicado por vários países.

A AMTI disse estar acompanhando a construção de estruturas hexagonais nos arrecifes Fiery Cross, Mischief e Subi nas Ilhas Spratly desde junho e julho. A China já construiu pistas de extensão militares nestas ilhas.

“Parece que essas estruturas são uma evolução de fortificações de defesa de pontes já construídas em pequenas instalações da China em recifes de Gaven, Hughes, Johnson e Cuarteron”, disse citando imagens tiradas em novembro.

“Este modelo atravessou outra evolução em bases muito maiores em recifes Fiery Cross, Subi e Mischief”.

Imagens de satélite dos recifes de Hughes e Gaven mostraram o que pareciam ser armas antiaéreas e o que provavelmente seria um sistema de armas fechado (CIWS) para proteger contra ataques de mísseis de cruzeiro.

Imagens de Fiery Cross Reef mostraram torres que provavelmente continham radar de mira, disse.

AMTI disse que as coberturas foram instaladas nas torres em Fiery Cross, mas o tamanho das plataformas nestas e nas coberturas sugeriu que esconderam sistemas de defesa similares aos dos recifes menores.

“Essas armas e as prováveis posições da CIWS mostram que Pequim é séria sobre a defesa de suas ilhas artificiais em caso de uma contingência armada no Mar da China Meridional”, disse.

“Entre outras coisas, seriam a última linha de defesa contra os mísseis de cruzeiro lançados pelos Estados Unidos ou outros contra estas bases aéreas que logo serão operacionais”.