Rio de Janeiro – Até setembro, 35% do valor usado por empresas estrangeiras para operações no Brasil veio de companhias chinesas, mostra levantamento. E nesta semana foram os chineses os grandes vencedores do leilão de quatro usinas hidrelétricas. O grupo Spic arrematou a usina de São Simão por R$ 7 bilhões, no maior negócio do pregão. As petroleiras chinesas também marcaram presença na primeira rodada de leilão de óleo e gás realizada também na quarta-feira.
A participação de investidores da China é cada vez mais frequente no Brasil e deve aumentar ainda mais.
A China intensificou as compras de empresas brasileiras neste ano. Até setembro, 12% das companhias vendidas tiveram um grupo chinês como comprador, em negócios que somam US$ 8,5 bilhões, aponta estudo da consultoria britânica Dealogic. O levantamento não inclui os investimentos fechados esta semana por grupos chineses no Brasil.
Esse movimento é muito mais intenso do que nos anos anteriores. Entre 2009 e 2016, a fatia de investimentos chineses nunca superou 4% do volume investido em fusões e aquisições no Brasil. Mas, neste ano, 35% do valor gasto por estrangeiros em aquisições no Brasil veio dos chineses.
Veja 5 exemplos de negócios vendidos neste ano para grupos chineses:
*HNA compra fatia da Odebrecht em Galeão
*State Grid compra controle da CPFL
*Chinesa compra TCP, que opera porto de Paranaguá
*Odedebrech vende hidrelétrica no Peru a grupo Chinês
*Spic compra Pacific Hydro Brasil e mira expansão