Cotidiano

Chicago vai retirar US$ 25 milhões do Wells Fargo após escândalo

CHICAGO – O secretário do Tesouro de Chicago, Kurt Summers, planeja retirar US$ 25 milhões que a cidade havia investido no Wells Fargo após a instituição admitir ter aberto o que poderiam ser milhões de contas falsas, juntando-se a outros estados que desfizeram negócios com o banco em função do escândalo

Summers, que gerencia a carteira de investimentos de US$ 7 bilhões da cidade, planeja ?desinvestir esses ativos o mais rápido possível de maneira prudente e que protegerá o dinheiro do contribuinte?, disse a autoridade em um comunicado oficial enviado à Bloomberg.

?O Tesouro da Cidade tem orgulho de se posicionar com as famílias trabalhadoras de Chicago e do país ao desinvestir no Wells Fargo?, disse a nota. ?Chicago merece algo melhor?.

A medida surge em meio à crescente pressão sobre o banco americano, que enfrenta um descontentamento nacional devido ao episódio das contas falsas. Após o Tesouro da Califórnia impedir a participação da instituição em acordos de título e investimentos na semana passada, o tesoureiro responsável do estado de Illinois, Michael Frerichs afirmou que planeja tomar medidas similares. Na segunda-feira, ele anunciou a suspensão de US$ 30 bilhões em investimentos no Wells Fargo, que não atuará como corretor para o estado por pelo menos um ano.

Illinois não usará o banco para nenhuma venda de título até novo aviso, segundo a gestão do governador Bruce Rauner, que não chegou a fazer nenhum negócio com o Wells Fargo.

?Lamentamos muito e assumimos responsabilidade integral pelos incidentes de nosso banco de varejo?, afirmou Gabriel Boehmer, porta-voz do banco. ?Já tomamos medidas importantes e continuaremos a fazer isso, para lidar com essas questões e reconstruir a confiança da cidade.

Chicago pode implementar outras ações para romper relações com o banco. Alderman Edward Burke, presidente da comissão financeira do conselho municipal, introduziu uma medida em 30 de setembro que proibiria negócios com o Wells Fargo pelos próximos dois anos. O plano, que será analisado pelo comitê, impediria o uso do banco como depositário, segurador de títulos, administrado em acordos de empréstimo, corretor de investimento ou consultor financeiro, segundo um comunicado. A medida também encorajaria fundos de pensão a desinvestir na instituição financeira.

Desde 2005, Chicago já pagou mais de US$ 19 milhões, segundo o gabinete de Buke.