CHAPECÓ (SC) – A Chapecoense pretende começar no início da tarde desta sexta-feira o velório dos corpos das vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas na Colômbia. Dirigentes do clube foram informados na manhã desta quinta-feira que as autoridades colombianas já encerraram a identificação dos corpos e que, até o fim do dia, seria concluído o processo de embalsamento.
Depois disso, os corpos das vítimas seriam transportados em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) até Chapecó. Em uma previsão inicial, o clube trabalha para que o velório coletivo comece por volta das 12h. De acordo com o governo do estado de Santa Catarina, o presidente Michel Temer telefonou para o governador Raimundo Colombo para confirmar sua presença no ato.
Na quarta-feira, as forças policiais da cidade fizeram uma simulação de como será a cerimônia. Os caixões serão transportados do Aeroporto de Chapecó à Arena Condá em caminhões abertos, acompanhados por batedores e passando por ruas principais do município, por cerca de 45 minutos.
Os caixões, lacrados, serão colocados embaixo de uma tenda próximo a um dos gols. Os torcedores poderão passar por essa área para se despedirem de seus ídolos. A diretoria do clube de futebol está entrando em contato com todas as famílias das vítimas para receber autorização para o velório coletivo. A montagem das estruturas para a realização da cerimônia continuou durante a noite.
A cidade continua em luto pela morte dos atletas e dirigentes do clube na manhã desta quinta-feira. Na noite de quarta-feira, no horário em que a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional, da Colômbia, pela final da Copa Sul-Americana, cerca de 20 mil lotaram a Arena Condá para participar de um ato ecumênico em memória das vítimas da queda de avião.
Vestindo o uniforme do time, os torcedores cantaram o hino da equipe e aplaudiram as vítimas, que tiveram seus nomes projetados em um telão. Mesmo depois do fim do ato, por volta das 22h, os apoiadores do time foram deixando a arena aos poucos.
Também houve homenagens no Estádio Atanásio Girardot, em Medellín.
