Cotidiano

Chacina: corpo de última vítima é enterrado em São Paulo

SÃO PAULO. Uma das cinco vítimas de uma chacina que teria sido motivada pela vingança do assassinato de um guarda municipal em setembro, Jones Ferreira Januário, de 30 anos, foi enterrado na tarde deste domingo no Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo. Familiares e amigos demonstraram revolta. Eles rezaram e pediram Justiça.

Os corpos dos outros quatros jovens mortos na chacina foram sepultados em uma cerimônia coletiva na tarde de sábado, no Cemitério da Vila Alpina, na Zona Leste de São Paulo.

Jones foi a última vítima a ser identificada pelos peritos do Instituto Médico Legal (IML) no último dia 4. Ele era a única vítima que não tinha antecedentes criminais. O corpo foi retirado do IML por familiares por volta das 11h30 deste domingo e foi velado por poucos instantes na capela do próprio cemitério.

Jonathan Moreira Ferreira, de 18 anos; César Augusto Gomes Silva, de 19; Caique Henrique Machado Silva, 18; Robson Fernando Donato de Paula, 16, que é cadeirante, e Januário desapareceram quando se dirigiam a uma festa em Ribeirão Pires, no ABC Paulista. Os corpos deles foram encontrados em 6 de novembro, numa área rural em Mogi das Cruzes, interior paulista. Desde o início, parentes dos desaparecidos disseram suspeitar do envolvimento de policiais no sumiço como represália pela morte de um agente de segurança.

Na noite de quinta-feira, a polícia prendeu o guarda civil metropolitano de Santo André, no ABC paulista, suspeito de envolvimento na execução dos cinco jovens. Rodrigo Gonçalves Oliveira teve a prisão decretada por 30 dias.

A polícia de São Paulo apura o envolvimento de mais dois suspeitos no crime, mas eles ainda não foram identificados. Policiais apreenderam um carrinho de mão, um facão, roupas com manchas de sangue e um reboque de carro na região onde os corpos foram encontrados, no último domingo, em uma mata em Mogi das Cruzes, Grande São Paulo. A investigação quer saber se há relação dos objetos com o crime.