Cotidiano

CFM aponta acentuada queda de mortes dos profissionais de saúde

CFM aponta acentuada queda de mortes dos profissionais de saúde

Números do Conselho Federal de Medicina (CFM) apontam uma queda acentuada no número de profissionais que perderam suas vidas em razão da covid-19 após o início da vacinação, em janeiro. Dados da instituição contabilizam 59 de médicos mortos pela doença no primeiro mês do ano, enquanto em março o total de óbitos chegou a 10 – uma redução de 83%.

“É um extrato pequeno da sociedade, mas relevante pois comprova que a vacina preserva vidas”, afirma o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB).”E uma excelente notícia que profissionais que se dedicam a salvar doentes estejam menos expostos aos efeitos do coronavírus. Temos que lamentar as vidas perdidas e louvar a possibilidade de imunização”, diz.

Segundo Romanelli, o exemplo dos profissionais de saúde é mais uma demonstração de que o Brasil errou na condução do enfrentamento à pandemia. Para ele, caso o governo federal tivesse se empenhado na compra de vacinas, milhares de vida teriam sido preservadas e muito provavelmente a economia estaria dando sinais de reação.

Efeitos – “Hoje, tristemente, o noticiário é sobre a contagem de mortos e infectados. Na economia, sobre desemprego, fechamento de empresas. Tudo poderia ter sido diferente, houvesse à frente do nosso País uma equipe comprometida com o bem-estar da sociedade e com o futuro do Brasil”, critica Romanelli.

O deputado aponta que a falta de vacinação no tempo adequado também mata as esperanças dos brasileiros em dias melhores. A previsão do mercado financeiro é de que o Brasil alcance uma taxa de 16,9% de desempregados até o final do primeiro semestre de 2021 em razão dos efeitos da pandemia.

O efeito é preocupante, cita Romanelli, ao mostrar que a degradação da renda das famílias é sentida desde o ano passado. De acordo com o Banco Central, em dezembro o brasileiro comprometia 31,1% do ganhava com usada para pagar juros e empréstimos, o maior percentual da série histórica. Somado a isso, o número de pessoas precisando de suporte até para comer só aumenta. “A vacina poderia ter freado as mortes e também os efeitos mais perversos sobre a economia. É lícito cobrar que alguém responda por este desastre”, destaca o deputado.