Cotidiano

Centrais sindicais protestam contra ajuste fiscal em Brasília

61519642_Brasil Brasília BsB DF 13-09-2016 - Milhares de manifestantes de vá.jpgBRASÍLIA ? Centrais sindicais e entidades de trabalhadores no serviço público protestam contra o governo na Esplanada dos Ministérios, nesta terça-feira. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, há cerca de 1.500 pessoas na manifestação. Muitos deles estavam acampados desde ontem nas proximidade do Museu Nacional.

Com gritos de “Fora Temer”, faixas e dois carros de som, os manifestantes protestam contra medidas de ajuste fiscal patrocinadas pelo governo, como o projeto de lei 257/2016, que reestrutura as dívidas dos estados, e a PEC 241, que prevê o teto dos gastos públicos. A reforma da Previdência Social desenhado pelo governo também é alvo do protesto.

Para os manifestantes, as medidas retiram direitos dos trabalhadores, diminui o alcance dos serviços públicos e desidrata as políticas sociais em andamento. Eles chamam Temer de “golpista” e prometem uma greve geral nos próximos dias caso os projetos não sejam revistos. Manifestantes usam camisetas e bandeiras da CUT e da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), entre outras entidades.

Do alto do carro de som, Guilherme Boulos, da coordenação geral do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, disse que os manifestantes vão “passar por cima” do Congresso, com uma ocupação, caso os projetos de ajuste fiscal avancem.

? Hoje esta marcha veio para dar um aviso. Paramos aqui na frente e vamos dar esse aviso. Mas na próxima, se se meterem a querer pautar e aprovar esses projetos de retrocesso, nós não vamos ficar aqui fora, não. Nós vamos é passar por cima, ocupar esse Congresso Nacional ? afirmou.

Com a participação de movimentos sociais e entidades estudantis, a marcha segue para o Ministério da Fazenda. Os manifestantes comemoram a cassação de Eduardo Cunha e projetam Temer como o próximo a ser “derrubado”. Se antes do impeachment havia um clamor pela volta da presidente então afastada, o “Volta Dilma” é substituído agora por gritos de “Diretas Já”.