Cotidiano

Centenas de palmeiras podem ser descartadas para obra da Transoceânica

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NITERÓI – Centenas de palmeiras plantadas há mais de 15 anos ao longo da Estrada Francisco da Cruz Nunes estão sendo removidas dos canteiros para dar passagem às obras da Transoceânica, e correm o risco de serem sacrificadas. Mantida durante todo esse tempo pelo Departamento de Parques e Jardins, a fileira verde de três quilômetros ocupa a divisória central da principal via da Região Oceânica. transoceânica

Dispostas em sequência, a uma distância de aproximadamente cinco metros umas das outras, as plantas, com altura que varia de um metro e meio a quatro metros, arborizam a região desde o Cafubá até a rótula da Avenida Central. Embora tenham longevidade centenária, as palmeiras e estavam no caminho da maior obra de mobilidade em andamento da cidade. No trecho próximo ao Buzin, parte delas já desapareceu. Na última terça-feira, pelo menos oito estavam estendidas no chão do canteiro montado na rótula da Avenida Central.

Coordenadora do laboratório horto-viveiro da UFF, a bióloga Janie Garcia defende que as palmeiras sejam replantadas. Ela explica que a espécie tem um tipo de raiz mais superficial, que torna mais simples a remoção.

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? Ela temízes em cabeleira, são várias raízes finas. Com uma retroescavadeira, você consegue pegá-la por baixo, basta abrir o solo em volta da planta e arrancá-la ? diz.

A Emusa informa que vai avaliar se as palmeiras poderão ser replantadas. Em caso negativo, elas entrarão na compensação ambiental do plantio de 11,3 hectares que a prefeitura terá que fazer por determinação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).