Cotidiano

Catálogo remanescente da Cosac Naify pode ser destruído

201512011259324128.jpgRIO ? A Cosac Naify, tradicional editora que anunciou seu fim em dezembro do ano passado, tem até o fim deste ano para dar um destino ao seu estoque remanescente. Nem que seja destruir as cópias que ainda se encontram de posse da editora.

Em entrevista ao “Publishnews”, Dione Oliveira, diretor financeiro e um dos poucos funcionários restantes da editora, explica que o acordo de exclusividade com a Amazon não garantiu a venda de todo o estoque, que tem custos altos de manutenção.

“Infelizmente, temos obras que ainda têm um volume muito grande em nossos estoques, mas esses mesmos livros não têm giro. Não dá para ficar guardando esses livros. É muito caro?, alegou. Muitas das obras, inclusive, foram compradas e relançadas por outras editoras, e a colocação delas no mercado resultaria em um problema.

Segundo Dione, os exemplares não podem ser doados, pois isso geraria ainda mais prejuízos para a empresa. ?Tem um problema que muitas pessoas desconhecem. Doações geram um transtorno contábil na empresa. Se faço uma doação de um livro, tenho que reconhecer o custo disso. Se eu faço a doação de um volume considerável de livros, eu gero um resultado financeiro negativo absurdo, fora da curva?.

As opções mais viáveis à destruição dos exemplares, portanto, seriam a compra de parte do volume por livrarias ou pelos próprios autores, que têm direito a um desconto especial. ?Os autores que entrarem em contato conosco para comprar os estoques ? na sua totalidade ou parte deles ? de seus livros terão dos descontos conforme está previsto em contrato. Podemos até fazer uma condição um pouco melhor. Mas, desde o anúncio do fim da Cosac, foram poucos os autores que nos procuraram com essa intenção?, concluiu Dione.