Saúde

Casos e mortes no Paraná voltam ao patamar de antes do pico

No pico, a média móvel passou de 70 mortes por dia, em meados de dezembro, o pior cenário do Estado desde o início da pandemia

Vacina, vacinação,seringa, covid 19
Vacina, vacinação,seringa, covid 19

Foz do Iguaçu – Após dois meses com registros de novos infectados e mortes altos, os dados da Secretaria de Estado da Saúde, na análise da média móvel – que leva em conta os números de sete dias evitando possíveis equívocos com confirmações retroativas -, apontam para queda significativa de novos casos e de óbitos em decorrência da covid-19, voltando aos patamares da primeira quinzena de novembro, antes da escalada da pandemia.

A média móvel de casos, por exemplo, estava ontem em 2.304 por dia, o que representa queda de 32,1% em relação a 14 dias e é número semelhante ao da primeira semana de novembro, quando as contaminações começaram a aumentar de forma rápida e significativa.

Já em relação à média móvel de mortes, ontem era de 30 por dia, com queda de 36,9% na comparação com duas semanas atrás, voltando ao patamar semelhante ao do início de dezembro. No pico, a média móvel passou de 70 mortes por dia, em meados de dezembro, o pior cenário do Estado desde o início da pandemia.

 Oeste se aproxima de 90 mil infectados

A região oeste, nos municípios que fazem parte da 9ª, da 10ª e da 20ª Regional de Saúde, 89.515 pessoas já foram diagnosticadas com o novo coronavírus e 1.206 não resistiram às complicações causadas pela infecção e foram a óbito. Ontem foram registradas nove mortes: três em Foz do Iguaçu (que chega a 346), uma em Cascavel (que chega a 281), o 23º óbito de Santa Helena, a 11ª vítima de Nova Aurora, a décima de Jesuítas, nona de Vera Cruz do Oeste e a sexta de Missal.

No Paraná, o acumulado é de 557.856 infectados e 10.169 mortes em decorrência da doença. Ontem foram divulgados 3.279 novos casos (2.589 somente de fevereiro e os demais de meses anteriores) confirmados e 58 mortes em decorrência da infecção pela covid-19.

O número de casos ativos, com capacidade de transmissão da doença voltou a subir. Ontem eram 133.161 casos ativos, 1.332 infectados estavam internados.

Internamentos

A Sesa informou ontem 2.568 internados em decorrência da covid-19.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI SUS Covid no Paraná permaneceu em 84%. Dos 1.224 leitos, 190 estavam livres. Na Macrorregional Oeste, houve queda de um ponto percentual, vale ressaltar que houve aumento de sete leitos, abertos em Assis Chateaubriand, e a taxa ficou em 78%. Dos 204 leitos, 45 estavam livres.

Paraná vacina 21 mil em um dia e chega a 77% do público estimado

Curitiba – O Paraná vacinou 21.098 pessoas em 24 horas e atingiu ontem a marca de 184.204 vacinados contra a covid-19. O número representa 77,1% das 238.871 doses distribuídas até o momento pelo governo do Estado aos 399 municípios paranaenses. Trata-se da primeira dose.

O boletim não leva em consideração a segunda remessa da CoronaVac, que começou a ser encaminhada na terça-feira (2) às 22 regionais. São mais 132.779 doses, que foram destinadas para as regionais de Paranaguá (1ªRS), Pato Branco (7ª RS), Francisco Beltrão (8ª RS), Foz do Iguaçu (9ª RS), Cascavel (10ª RS), Toledo (20ª RS) e municípios da região de Curitiba. Na próxima semana, a distribuição irá alcançar as demais regiões do Estado.

De acordo com o balanço divulgado ontem pela Sesa, em números absolutos, as regionais que mais vacinaram foram Metropolitana (2ª RS) com 54.719 pessoas; Londrina (17ª RS), com 16.532; Maringá (19ª RS), com 15.547; e Cascavel (10ª RS), com 12.073.

Segundo o boletim, as 184.204 aplicações da primeira dose da vacina contra o coronavírus foram divididas entre 166.094 trabalhadores da saúde (89,6%), 9.776 idosos com 60 anos ou mais residentes em instituições de longa permanência, 8.113 indígenas (4,5%) e 221 pessoas com deficiência severa.

O Paraná recebeu 391.700 doses do Ministério da Saúde. Foram 265.600 (1º lote) e 39.600 (2º lote) doses da Coronavac e 86.500 doses AstraZeneca.

 

Escalonamento deve ser rigorosamente seguido

A Secretaria de Estado da Saúde reforça a necessidade que seja seguido o Plano Estadual de Vacinação. Uma vez que ainda há pouca quantidade de vacinas acessíveis, imunizar na sequência dos grupos é determinante para a redução de casos graves e óbitos pela covid-19. “Fizemos um esforço grande para organizar uma ordem que seja eficiente e eficaz para a vacinação. Mas contamos com a colaboração de toda a população para cumprir a ordem para ser imunizado”, afirma o secretário da Saúde, Beto Preto.

Após a vacinação dos indígenas, trabalhadores de saúde, idosos e pessoas com deficiência que residem em instituições de longa permanência, a imunização seguirá para outros públicos.

A Sesa considerou público-alvo de trabalhadores de saúde o número projetado pelo Ministério da Saúde, 303.026 pessoas. A partir desse público, foram escalonados dez subgrupos a fim de contemplar todos de forma ordenada.

A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, explica que é preciso fechar uma população para seguir à frente. “Elencamos pensando no bem coletivo. Por exemplo, os trabalhadores que atendem diretamente pacientes covid-19 foram vacinados todos. Passamos então para os outros subgrupos que incluem profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial, laboratórios, serviços de urgência e emergência gerais até vacinar todos os trabalhadores e finalizar o grupo da saúde”.

 

Denúncias

Casos suspeitos de fura fila da vacina, pessoas que foram imunizadas e não se encaixam nos grupos escalonados, devem ser denunciados à Controladoria-Geral do Estado pelos telefones 0800 041 1113 e (41) 3883-4014, que atende pelo aplicativo WhatsApp. Pela internet, há um botão específico no portal www.coronavirus.pr.gov.br, mas também pode-se registrar a manifestação no site da CGE (www.cge.pr.gov.br), na aba Ouvidoria. Se preferir usar e-mail o denunciante deve enviar o material para [email protected]. As denúncias também podem ser feitas no  canal de denúncia do seu município ou ao Ministério Público.