Esportes

Caso Tifanny faz COI pensar em novas regras

Rio de Janeiro – A polêmica envolvendo a jogadora de vôlei Tifanny, de 32 anos e que até três anos utilizava seu nome de batismo Rodrigo Abreu, tem tomado conta das redes sociais e do meio esportivo, levantando a discussão sobre a participação de atletas transexuais em competições. A presença legal da oposta do Bauru na Superliga causou tamanha agitação que até o COI (Comitê Olímpico Internacional) prepara mudanças nas regras.

Desde 2015, o COI diz que cabe a cada federação internacional regulamentar a participação de atletas transexuais em suas competições. A FIVB (Federação Internacional de Vôlei) repete o discurso, afirmando que cabe a cada confederação nacional tomar essa decisão para suas competições internas.

Este ano, entretanto, as regras devem mudar. O Comitê Olímpico Internacional já afirmou que prepara este ano uma atualização do consenso para as federações internacionais, incluindo um apêndice médico para estabelecer novas regras.

Já a FIVB se antecipou e comunicou que uma junta médica vai se reunir no próximo dia 24 para definir parâmetros para a aprovação de registro de jogadoras trans no vôlei. Entretanto, essa comissão médica não espera ter uma conclusão antes dos Jogos de Inverno, que serão disputados em fevereiro na Coreia do Sul.

Como regem as regras atuais, a foi a CBV que inicialmente reconheceu que Tifanny poderia jogar a Superliga Feminina. Para isso, uma junta de 20 médicos e especialistas da Conamev (Comissão Nacional de Médicos do Voleibol) da CBV analisou os exames apresentados pela jogadora, que estava há 12 meses dentro do limite exigido de testosterona no seu organismo. Ou seja: ela se encaixava no “consenso” emitido pela comissão do COI em 2015.