Matelândia – O aparecimento de um caso grave de dengue no Município de Matelândia coloca as autoridades em saúde e epidemiologia em alerta.
O número de casos da doença não tem evoluído muito em quantidade, apesar das condições climáticas bastante favoráveis, com chuva em excesso e calor, mas a situação de gravidade evidencia que o vírus está circulando e que a mudança no panorama de casos pode mudar de um dia para o outro. “O monitoramento precisa ser constante e ninguém pode descuidar, pois um caso pode se transformar em 50”, alerta o enfermeiro Daniel Loh, da 10ª Regional de Saúde de Cascavel.
O boletim da dengue divulgado nesta semana pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) aponta a confirmação desse caso grave da doença. O paciente já se encontra em tratamento.
O oeste contabiliza no atual ciclo – iniciado em 1º de agosto – 11 diagnósticos de dengue. Sete deles e todos autóctones são na 9ª Regional de Foz do Iguaçu, que cobre nove municípios, inclusive Matelândia.
A regional que permanece com menos casos é a de Cascavel, que abrange 25 municípios, com um caso em Cafelândia.
Na 20ª Regional de Toledo, com abrangência em 18 municípios, são três casos, dois autóctones e um importado. Não há mortes por dengue no Estado no atual ciclo, mas em todo o Paraná o vírus já infectou 40 pessoas nos últimos três meses.
O único caso de chikungunya identificado no Paraná neste ciclo está em Curitiba. Quanto ao zika vírus, ainda não há confirmações no período em curso. “A dengue na região é endêmica, ou seja, vamos ter todos os anos. Com as condições favorecendo o aparecimento de mosquitos é preciso manter a cautela, eliminar os focos, o discurso de sempre, mas que precisa ser reforçado e mantido”, considera o enfermeiro.
Neste momento a região possui mapa de alerta para risco médio de dengue em cinco municípios, considerando as condições climáticas muito favoráveis: Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Santa Helena, Palotina e Guaíra. Cascavel aparece no mapa com risco, mas na categoria baixa.
