Cascavel – Familiares de Bruno Henrique dos Santos Lieczkovki, morto em julho do ano passado, estiveram na quarta-feira (2) no Fórum de Cascavel para acompanhar a primeira audiência do processo. Entretanto, por se tratar de um caso bastante complexo, parentes da vítima não puderam permanecer na sala de audiências durante os depoimentos.
Ainda comovida pela morte do rapaz, a família compartilha de um mesmo desejo: o de justiça.
Ele [Bruno] não era criminoso. Ele era trabalhador. Trabalhava dois turnos para sustentar a mãe, que até hoje não superou a morte. Só queremos que a Justiça olhe com atenção e que os culpados paguem pelo que fizeram, comentou uma familiar.
Os dois acusados do crime, Wesley Daniel dos Santos e Eduardo Javan da Silva, também participaram da audiência. Eles foram ouvidos pela juíza da 1ª Vara Criminal, Filomar Helena Perosa, que conduzia a sessão, após todas as testemunhas terem sido ouvidas. Advogados das duas partes também fizeram suas considerações.
Bruno Henrique foi sequestrado em 14 de julho de 2015. Um dia após o desaparecimento, o veículo do rapaz foi localizado nas proximidades do Autódromo Zilmar Beux, com marcas de sangue. Já no dia 16, o corpo do rapaz foi localizado em um matagal no Distrito de São Salvador.
A motivação do assassinato seria o fato de que Bruno estaria mantendo um relacionamento afetivo com a mulher de Wesley. Segundo o acusado, a morte de Bruno seria para limpar a sua honra. Já Eduardo teria auxiliado no homicídio. Ele foi citado por várias vezes por Wesley como cão de guarda.
