Deve ser tudo, menos uma experiência comum para um jogador de 24 anos passar de reserva a volante titular escolhido por Zidane. Após a chegada do francês, um dos grandes meias da história recente do futebol, a trajetória de Casemiro no Real Madrid se transformou.
Zidane tentava equilibrar um time que pendia fortemente para o ataque, graças a um elenco formado à imagem e semelhança do presidente Florentino Pérez, com sua fixação por galácticos. Rafa Benítez, que usava Casemiro eventualmente, sucumbiu, e chegou Zidane. A partir do nono jogo do francês no cargo, logo após a derrota para o Atlético de Madrid, rival deste sábado, Casemiro virou titular.
O treinador lhe pedira ajuda na proteção da defesa e, em especial, bom passe. Natural em se tratando da classe do jogador que foi Zidane. Casemiro atingiu 92% de acerto nos passes na Liga dos Campeões, uma das melhores marcas do Real Madrid na competição. Nas 14 partidas em que atuou como titular, o time obteve 12 vitórias, um empate e uma derrota. Fez 36 gols e sofreu apenas oito.
Neste sábado, tem a chance de reescrever mais um capítulo de sua história no clube de Madrid. Há dois anos, quando o Real chegou à final em Lisboa, contra o mesmo Atlético, Casemiro sequer foi relacionado para o jogo. Em seguida, foi emprestado ao Porto, onde voltou a despertar a atenção dos espanhóis.
Na vitória do Real sobre o Barcelona, ponto de virada do time na temporada, Zidane destacou como “fundamental” o papel de Casemiro. Nesta sexta-feira, ganhou elogios de Simeone, rival deste sábado.
– A entrada de Casemiro mudou a cara da equipe. O time, com ele, fica mais perigoso no contra-ataque – disse.
