Variedades

Cascavelense estreia na maior mostra de arquitetura do País

O artista cascavelense Evandro Karvat foi selecionado para participar da Casa Cor Santa Catarina. Com uma obra de pinceladas soltas, traços leves e muita significação, ele é um dos artistas plásticos escolhidos para compor a atmosfera refinada da maior mostra de arquitetura do País, que abriu para visitação esta semana em Itapema.

O evento é considerado o maior e mais completo no setor de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas e, nessa edição, reúne profissionais de 13 municípios catarinenses. Evandro é um dos poucos paranaenses selecionados para participar do evento.

O artista se sente lisonjeado em participar do evento. “Ter uma de minhas criações ao lado do projeto desses grandes artistas, conhecidos nacionalmente pelos prédios mais arrojados e inovadores, é uma honra e uma grande vitrine”, ressalta Evandro. A obra compõe o espaço "Galeria de Arte", dos premiados arquitetos Ana Lins e André Bettinelli.

A obra

Intitulada "Lobo Guará", a pintura é feita em tinta acrílica sobre painel e foi selecionada pela curadoria de arte da mostra por retratar o conceito "Casa Viva" dessa edição.

"Lobo Guará" faz parte da série Natureza Volátil, ainda inédita, criada por Evandro Karvat para retratar assuntos ligados à conservação e à corrida pela sobrevivência de espécies ameaçadas de extinção na fauna brasileira. "É possível observar o conceito da natureza se desfragmentando, ao mesmo tempo em que dá para ver o desenho na pintura", enfatizou o curador Cézar Prestes, gestor cultural responsável pela seleção das obras.

Casa Cor Santa Catarina estará aberta ao público até 22 de julho, no Plaza Resort Itapema, pioneiro no Brasil com mais de 40 anos de história, na BR-101, KM 144.

O artista

Evandro Karvat, de 33 anos, adquiriu conhecimento artístico ainda na adolescência. Hoje mora e trabalha em Balneário Camboriú (SC), onde desenvolve seus projetos artísticos com pintura, ilustração e design gráfico.

Começou a atuar profissionalmente como pintor há três anos e, desde então, passou a fazer encomendas para todo o Brasil. No ano passado foi um dos selecionados para o Salão Cascavelense de Artes Plásticas com uma instalação também relacionada a assuntos voltados à extinção.

O artista viveu até a adolescência em contato com a natureza no sítio dos pais, no Distrito São João do Oeste, em Cascavel.

A intenção de toda a série Natureza Volátil, segundo ele, é levar o expectador a poetizar sobre um problema sério, abrindo diferentes pontos de vista sobre a trajetória da vida, o que perpetua ou vira memória. "Apresento uma pintura borrada, feita com espátulas, confundindo o olhar do público para lembrar que com um deslizar a espécie retratada desaparece tal como a imagem", explica.