Cotidiano

Cascavel encerra ano epidemiológico como o pior da história

Foram registrados 7.878 casos da doença

Cascavel encerra ano epidemiológico como o pior da história

Diversas ações foram realizadas para conter o avanço da dengue, como atividades de orientação, visitas domiciliares, atendimento a denúncias e uma equipe de saúde preparada para o acompanhamento médico adequado.

Apesar disso, Cascavel encerra o ano epidemiológico do ciclo 2019/2020 como o pior da história. Conforme o balanço final referente ao período de julho do ano passado até hoje (29), 7.878 cascavelenses tiveram a doença.  Ao todo, foram registradas 11.467 notificações no Município, sendo que 3.589 foram descartadas. Contudo, a espera por exames está zerada.

A coordenadora do Controle de Endemias, Mari Dalssaso, reforça que mesmo com as baixas temperaturas, a luta contra o mosquito deve seguir ativa para não refletir em níveis dramáticos no futuro. “Nunca foi vivenciado tantos casos e mortes por dengue em Cascavel, senão nos atentarmos em cuidar do nosso quintal vai continuar ocorrendo. Pedimos a população que mesmo agora no inverno não descuide do seu quintal, sempre dê uma olhadinha para que não fique nada com água parada, porque é agora que nós começamos o nosso trabalho para prevenir lá na frente. Temos que cuidar agora para que quando chegue os meses de novembro e dezembro não tenhamos tantos casos como tivemos este ano”, pontua.

Conforme a gerente de Vigilância em Saúde, Beatriz Tambosi, o ovo do mosquito resiste ao frio por até um ano, só esperando gotículas de água e calor para eclodir. “Por isso é tão importante manter os quintais e residências limpas, sem acúmulo de lixo ou objetos que possam acumular água, mesmo no inverno”, frisa.

O menor acúmulo de água é o bastante para o mosquito da dengue fazer um criadouro e gerar riscos à saúde da população. Em Cascavel, foram confirmados sete óbitos neste ano epidemiológico.

Conforme o boletim epidemiológico, os bairros mais infestados pelo mosquito em Cascavel são Interlagos com 880 casos, Brasmadeira com 532, Cascavel Velho com 483, São Cristóvão com 368 e Brasília com 366 casos positivos.

Como posso ajudar?

Não deixe acumular água parada, até mesmo água suja.

Dentre os locais que precisam ser vistoriados pela população estão: edícula, tonéis com captação de água da chuva, aquários sem bomba de oxigenação, pratos de vasos de plantas, bandejas das geladeiras, bebedouro de animais, tanque de roupas que ficam com água empossada no fundo, coletor de água da saída do ar-condicionado, lixeiro sem tampa e sem furo embaixo, piscinas de plástico, cisternas, caixas de gorduras e plantas aquáticas, pequenos objetos nos quintais; como tampas de garrafas, copos plásticos e brinquedos infantis. A destinação de pneus também é outro problema. A recomendação é deixá-los em uma área coberta ou então encaminhar para uma borracharia que se responsabilize. Até mesmo gotículas de água numa tampinha de plástico já são suficientes para se transformar no criadouro do mosquito.