Policial

Cascavel contabilizou 81 mortes violentas em 2015

Dados contabilizam homicídios e mortes em confrontos policiais

Cascavel – Uma briga em família, uma discussão em no após algumas cervejas ou um desentendimento por outro motivo qualquer foram as causas mais comuns dos homicídios registrados no ano passado em Cascavel.

Segundo o banco de dados de O Paraná, que contabiliza os homicídios e mortes em confrontos policiais, 2015 fechou com 81 mortes violentas no Município. Dessas, 75 foram homicídios e as seis restantes em confrontos.

A maioria dos assassinatos teve como motivação desavenças muitas vezes por motivos banais. Essa foi a motivação de 29 casos mortes, ou seja, quase 36% do total. Na segunda colocação estão outras motivações, com 15 mortes, incluindo os sete registros ainda não solucionados pela Delegacia de Homicídios. Em terceiro estão os crimes passionais, como por exemplo a última morte do ano, que vitimou Gilson Padilha da Luz, de 36 anos, assassinado pela própria mulher.

Diferentemente de anos anteriores, quando o tráfico foi a causa da maioria das mortes, as drogas responderam por apenas sete casos, ou 8,7%.

Dentre os meios empregados, as armas de fogo, apesar da Lei do Desarmamento, foram a grande maioria. Elas foram usadas em 48 homicídios, o que corresponde a mais de 59% do total. As facas ficaram em segundo lugar, com 16 assassinatos, ou quase 20%. Nos demais casos foram mortes por asfixia, enforcamento, agressão, canivete, outros objetos contundentes e o fogo.

Redução

De acordo com a delegada Maria Vieira, a queda no número de mortes em relação ao ano anterior, de quase 10%, foi bastante positiva.

“Podemos dizer que isso é fruto do bom trabalho que a policia, seja ela Civil ou Militar, fez ao longo do ano na elucidação cada vez mais rápida dos crimes”.

Menos violento

2015 foi o menos violento dentre os seis últimos anos em Cascavel, com queda de 30% em relação a 2009, quando os homicídios começaram a ser contabilizados. Em relação a 2012, um dos mais violentos da história com 168 mortes entre homicídios e confrontos, a queda foi de quase 52%.

“Infelizmente nós, como polícia, não podemos evitar os assassinatos, já que a grande maioria é por motivação banal, mas a nossa parte, que é a investigação e a elucidação, estamos fazendo. Prova disso é o aumento na taxa de elucidação, que no ano de 2014 foi de 89,16% e em 2015 subiu para 90,67%”, destacou a delegada Maria Vieira.

(Com informações de Tissiane Merlak)