Cotidiano

Cascavel 2050: estudo vai traçar diagnóstico e propor um plano de ação

A intenção é obter resultados a curto, médio e longo prazo, que transformarão a cidade em agente do seu próprio desenvolvimento, com soluções inteligentes beneficiando a população e auxiliando o setor público

Cascavel 2050: estudo vai traçar diagnóstico e propor um plano de ação

Cascavel – Pensar na Cascavel de 2050 a partir de vários aspectos e setores, visando ao desenvolvimento e potencializando resultados. Esse é o teor da proposta em andamento pela Codesc (Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel). O assunto foi tema de reunião na manhã de ontem, na Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), parceira da iniciativa.

O Conselho possui seis câmaras técnicas: educação empreendedora, energia, saúde e bem-estar, transporte e mobilidade, urbanismo e meio ambiente e turismo. Esses eixos produziram as fotografias de Cascavel 2050, que é um Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável com ações definidas.

A intenção é obter resultados a curto, médio e longo prazo, que transformarão a cidade em agente do seu próprio desenvolvimento, com soluções inteligentes beneficiando a população e auxiliando o setor público. “Estamos dando encaminhamento ao projeto com as duas primeiras fases fundamentais para a sequência do trabalho, que são a realização de um diagnóstico e a elaboração de estratégias para fazer o desenho da Cascavel 2050. Para isso, estamos contratando um escritório especializado [Urban Systen]. Porém, para isso, precisamos da ajuda especialmente financeira de todos os participantes do Conselho para arcar com os custos e o pagamento da empresa”, explica Alci Rotta Júnior, que preside o Codesc.

O estudo que será elaborado por essa empresa possui três etapas no cronograma, com duração total de sete meses: diagnóstico no primeiro e no segundo mês, plano estratégico do segundo ao quinto mês e plano de ação nos últimos dois meses. O custo é de R$ 290 mil.

Na próxima semana será realizada nova reunião de plenária para discutir a viabilidade do serviço e de que forma as entidades vão conseguir contribuir. “Sabemos que muitas entidades e associações que fazem parte do Codesc não têm orçamento, mas estamos mobilizando todo o setor produtivo para que possamos contar com esse trabalho, que realmente vai oferecer outra dinâmica para o projeto”, avalia Alci.

No total, 65 entidades, como Sindilojas (Sindicato dos Lojistas e do Comercio Varejista de Cascavel e Região), Amic (Associação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Oeste do Paraná), Associação Médica, Sociedade Rural, OAB (Organização dos Advogados do Brasil) e cooperativas, compõem o Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel.

Propostas aos candidatos

Uma das últimas ações do Codesc foi a entrega de um documento para contribuição na elaboração dos planos de governo dos pré-candidatos a prefeito de Cascavel. O processo de elaboração demorou quatro anos para ser finalizado, num total de 2 mil horas, divididas em 900 encontros, que contaram com a participação de quase 6 mil pessoas, representantes das associações e das entidades envolvidas. Dentre as propostas, estão projetos envolvendo a industrialização e o comércio.

O que é o Codesc

O Codesc (Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel) foi constituído em 2015 e é integrado por 65 entidades representativas de Cascavel que, de forma voluntária, contribui com o desenvolvimento do Município.

A missão é estimular a transformação de ambientes urbanos em espaços propícios à inovação, à criatividade e à criação de empresas e negócios sustentáveis, trazendo perspectivas ao desenvolvimento. “Tivemos ao longo dos anos outras tentativas de criações de conselhos formados por vários setores, mas que acabavam não entrando em consenso. Em 2014, começou um movimento G8, liderado por José Torres Sobrinho, que contou com as oito maiores entidades da cidade e, com isso, dois anos depois surgiu o Codesc”, resume o atual presidente, Alci Rotta Júnior.