Policial

Casal acusado de tráfico de criança é liberado pela polícia, o caso será investigado

Cascavel – Um casal preso na tarde de ontem (25) pela Polícia Militar de Cascavel acusado de tráfico de criança foi liberado durante a noite. A polícia suspeita que a denúncia feita contra eles era falsa e que o casal esteja apenas com problemas na documentação. 

Nos próximos dias eles devem comparecer na delegacia para que seja feita a regularizado da mãe (paraguaia) e da criança. A investigação preliminar leva a uma denúncia anônima de um desafeto, mas nada foi confirmado.

Entenda o caso

A Polícia chegou até os dois a partir de denúncia feita pelo telefone 190 de que o casal estaria com uma criança sem registro de nascimento. A denúncia dizia que eles teriam trazido a menina de nove meses do Paraguai e que a venderiam em São Paulo.

Segundo a Polícia Militar, a menina não tem registro de nascimento no Brasil e os pais apresentaram um registro de nascimento paraguaio falso. A PM confirmou com a polícia paraguaia de que não há registro de que a criança nasceu no país vizinho.

O que mais chamou a atenção da polícia foi a confusão feita pela mulher com relação às datas. Ela apresentou uma ecografia feita na gravidez datada de 2009, sendo que a criança ainda nem completou um ano de vida. Depois, disse que a menina nasceu em dezembro de 2017. Logo depois, voltou a se confundir com as informações e, pelas contas, ela teria gestado a menina por 18 meses.

Um exame de DNA deve ser feito na criança e no casal. O casal tem um menino de 11 anos que, com o bebê, foram atendidos pelo Conselho Tutelar, que providenciaria abrigo para as crianças em Casa Lar até que o caso seja resolvido. A Polícia Federal assume o caso.

O casal

Agenor Cordeiro tem 52 anos e Joana Letícia tem 25 anos. Ele é brasileiro. Ela é paraguaia. Segundo o casal, a menina de nove meses não tem registro de nascimento porque a mãe não tem documentos de identificação e eles não conseguiram fazer a documentação da criança no Paraguai. O filho mais velho de 11 anos tem registro porque nasceu no Brasil, em Ponta Porã (MS).

“Eu tenho o papel do hospital que ela nasceu no Paraguai. Viemos para Cascavel porque a mãe do meu marido se envolveu em uma briga de família. Aí o irmão dele foi nos buscar porque a menina não tinha registro para virmos para cá”, contou Joana.

Segundo a polícia, Agenor apresentou documentos que seriam dele e do irmão dele, mas com a data de nascimento dos dois no mesmo dia e com pais diferentes. Agenor disse ainda que os filhos são deles e que ele não tem passagem pela polícia.