Com a promessa do início das obras da ampliação da PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel) feita para o mês de setembro, os órgãos de segurança da cidade pleiteiam agora, junto ao Governo do Estado, a construção de uma Casa de Custódia, para abrigar nada mais nada menos do que mil presos.
A ideia, que ainda é embrionária, é construir uma unidade ao lado da PIC e da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) para custodiar 800 homens e 200 mulheres que são presos pela polícia e que ainda não foram condenados.
De acordo com o presidente do Conseg (Conselho de Segurança de Cascavel), Rafael de Lorenzo, a construção da Casa de Custódia se faz necessária principalmente após a demolição do cadeião da 15ª SDP (Subdivisão Policial), ocorrida em dezembro do ano passado. “Só no ano passado, por exemplo, cerca de cinco mil pessoas foram presas em Cascavel e na PIC e na PEC, que abriga os presos condenados, não há mais vagas. O que acontece é que, sem ter lugar para deixar esses criminosos, a Justiça baseada nas lei frouxas que temos, acaba soltando os detidos que voltam a cometer crimes, gerando uma sensação de impunidade”.
Conforme Rafael, hoje ele terá uma reunião com o diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo, para repassar a proposta. “Não temos nada definido, mas a localização ao lado das penitenciárias facilitaria a atuação do SOE (Setor de Operações Especiais), que já trabalha na PIC e PEC”.
Cadeia
Assim como já existe em cidades em que há penitenciárias, a intenção dos integrantes do Conseg é fazer com que a Casa de Custódia sirva como uma espécie de cadeia, mas com maior capacidade e melhor estrutura. “Cabe ressaltar que além de atender os presos de Cascavel, essa unidade atenderá também as demandas das cidades pequenas. Isto porque quando há algum problema na região os detentos são levados para as cidades maiores e se não há vaga nas penitenciárias, para onde esses presos vão?”.
