Esportes

Casa da NBA: Um planeta oval e laranja no Boulevard Olímpico

nba.jpgPara uma garotada louca por esportes, o mundo é oval, laranja e pode ser
arremessado a longas distâncias por gente de 2,16 metros de altura e que usa
tênis tamanho 60. É uma turma que, durante dez dias de Olimpíada do Rio, terá
sua capital na Casa da NBA, que será aberta hoje no Armazém da Utopia, no
Boulevard Olímpico.

NBA é a sigla de National Basketball Association, o nome da organização que
cuida do campeonato de basquete dos EUA. Sua casa no Rio foi preparada ao longo
de 14 dias num galpão gigante, para celebrar o basquete em todas as suas formas.
Para quem for de videogame, é possível jogar sentado na poltrona num game
oficial da NBA. Para quem for de tecnologia, dá para usar óculos de realidade
virtual que inserem o visitante numa partida de verdade. E, para quem for de
bola, são dezenas disponíveis, de vários tamanhos, para arremessos que podem dar
brindes ou apenas satisfação. Basquete11-08

Esta é a quinta versão da Casa da NBA. Antes, a liga de basquete americano
havia montado estruturas para promover o esporte na Olimpíada de Londres (2012),
na Copa do Mundo da Espanha (2014) e duas em Nova York na semana do Jogo das
Estrelas de 2015, em Manhattan e no Brooklyn. Considerando a força da NBA no
mundo, sua casa de hospitalidade tem o mesmo peso das sedes espalhadas pela
cidade para representar países diferentes como Jamaica e Suíça.

Na última temporada, 100 jogadores não americanos, oriundos de 37 países,
jogaram na NBA ? nove brasileiros estão confirmados para o próximo campeonato. A
partida final da liga, vencida em junho pelos Cleveland Cavaliers contra os
Golden State Warriors, foi vista ao vivo por mais de 30 milhões de pessoas só
nos EUA. No Twitter, o jogo foi comentado em 8,4 milhões de posts.

Não à toa, a expectativa é altíssima sobre a Casa da NBA
no Rio. Até o fim dos Jogos, espera-se receber mais de 50 mil pessoas, inclusive
jogadores e ex-jogadores profissionais. A entrada é gratuita, e o funcionamento
é de 11h às 20h.

? Essa é a maior casa que já fizemos. É um espaço para
celebrar o esporte e os jogos da Olimpíada do Rio, com a torcida acompanhando de
perto a seleção. Está bem claro como o público tem interesse enorme no basquete
? afirma Arnon de Mello Neto, vice-presidente da NBA para a América Latina.

As melhores (ou piores) caretas dos Jogos OlímpicosNa casa foram montadas duas semi-quadras, com tabelas oficiais, onde haverá
apresentações de mascotes e de líderes de torcidas dos times, brincadeiras com
enterradas e exibições de jogadores chamados de ?lenda? pela organização. De
hoje a segunda-feira, o ala aposentado Bruce Bowen, campeão pelos San Antonio
Spurs, estará lá. Na terça, será a vez de Gary Payton, antigo armador dos
Seattle Supersonics e eleito para o Hall da Fama em 2013. Glen Rice, ex-campeão
pelos Los Angeles Lakers, é esperado.

Jogadores do presente também já confirmaram presença. O
brasileiro Anderson Varejão, dos Golden State Warriors, por exemplo, chegará
hoje, às 13h30m. Thiago Splitter, recém contratado pelos Atlanta Hawks, tem uma
visita agendada para amanhã, às 18h. Já o americano Jerome Meyinsse, que jogou
as três últimas temporadas pelo Flamengo, estará na casa todos os dias fazendo o
papel de repórter do espaço.

A proposta é mostrar vários aspectos de uma ?cultura NBA?. As camisas de
todos os times da liga estão expostas logo na entrada principal. Nos corredores,
fotos gigantes de jogadores enfeitam o espaço. Há, ainda, uma área em que os
visitantes poderão comparar estatura e tamanho de pés e de mãos com modelos de
jogadores reais.

Uma sugestão: ninguém deve se sentir humilhado com a
discrepância entre o corpo franzino de um fã brasileiro e os 2,16 metros com pé
60 de Shaquille O?Neal. Afinal, não dizem por aí que tamanho não é
documento?