Cotidiano

Casa Branca descarta ação de redes terroristas em ataque a policiais de Dallas

VARSÓVIA ? A Casa Branca descartou nesta sexta-feira que organizações terroristas tenham participado do tiroteio que matou cinco policiais em Dallas. O franco-atirador Micah Johnson, de 25 anos, abriu fogo durante um protesto contra as recentes mortes de dois homens negros por agentes policiais no país. Antes de ser abatido na ação, o criminoso afirmou que não era afiliado a nenhum grupo e que queria apenas matar policiais brancos.

? Os investigadores já descartaram publicamente a possibilidade que o indivíduo que conduziu este terrível ato de violência tivesse qualquer conexão com organizações terroristas nos Estados Unidos ou no mundo. Eu não acredito que haja uma conexão a qualquer tipo de conspiração terrorista? disse o porta-voz do governo americano, John Earnest, em um pronunciamento de Varsóvia.

O presidente americano, Barack Obama, está na Polônia para uma cúpula da OTAN. De lá, ele condenou nesta sexta-feira o ataque ?calculado e desprezível? em Dallas, no Texas.

? Ainda não conhecemos todos os fatos. O que sabemos é que aconteceu um ataque perverso, calculado e desprezível contra as forças de segurança ? disse Obama ao lado dos presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, Donald Tusk e Jean-Claude Juncker, antes de uma reunião de cúpula da Otan.

O franco-atirador, que estava entrincheirado na garagem de um edifício, morreu após um cerco policial, marcado por horas de tensão. O homem afirmou que havia bombas espalhadas pelo centro de Dallas, o que levou a polícia a mobilizar o esquadrão antibombas na área e bloquear o tráfego para procurar explosivos.

Uma mulher que estava na mesma área da garagem do suspeito entrincheirado foi detida, assim como outros dois suspeitos que tinham bolsas de camuflagem em seu carro.

As demonstrações de indignação aumentaram ao longo da semana, primeiro com o assassinato na terça-feira de Alton Sterling, de 37 anos, atingido por tiros de policiais em um estacionamento de um centro comercial na cidade de Baton Rouge, Louisiana.

Na quinta-feira, a revolta se espalhou pelas ruas das principais cidades americanas depois da morte em Minnesota de outro cidadão negro, Philando Castile, que foi alvo de tiros da polícia dentro de seu carro.

As mortes de Sterling e Castile foram filmadas por testemunhas e os vídeos mostram que eles não representavam nenhum risco evidente para os agentes.

Na quinta-feira, Obama disse que estas mortes são o sintoma dos desafios do sistema de justiça criminal dos EUA e da disparidade racial que se mostra ano após ano.