Cotidiano

Cármen Lúcia se encontra com diretor da PF e família de Teori

BRASÍLIA – A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se reuniu nesta sexta-feira com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello, a advogada Liliana Zavascki, filha do ministro Teori Zavascki, morto na semana passada, e o marido dela, Fernando Zandoná. A PF está conduzindo uma investigação sobre a queda do avião que matou cinco pessoas, entre elas Teori, que era relator dos processos da Operação Lava-Jato no STF.

A reunião foi de manhã e começou com a filha e o genro de Teori. Depois, a pedido da própria Cármen, Daiello foi ao encontro deles. A polícia ficaria de acompanhar a entrada da família no apartamento funcional de Teori, que pertence ao STF. Não se sabe, porém, se a PF pretende conduzir alguma perícia no apartamento.

Na última segunda-feira, o juiz da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis, Raffaele Felice Pirro, decretou o sigilo das investigações da PF e do Ministério Público Federal (MPF) sobre a queda do avião. Na terça-feira, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que uma análise preliminar dos dados extraídos do gravador de voz da aeronave que caiu em Paraty (RJ) não apontou “qualquer anormalidade” nos sistemas do avião.

A investigação da equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligada à FAB, é responsável por identificar os motivos do acidente, levando à elaboração de novas recomendações de segurança para a aviação. Mas não é atribuição do Cenipa conduzir uma investigação criminal, em que são apontados culpados pela queda.

Com a morte de Teori, os processos da Lava-Jato serão redistribuídos a outro ministro da corte. Mas ainda não foi definido quem será o novo relator. Estavam sob os cuidados de Teori três ações penais e 40 inquéritos abertos para investigar autoridades com foro privilegiado, como parlamentares e ministros.