Cotidiano

Carlos Budel pede exoneração

A ação fez parte da segunda fase da Operação Pecúlio e também conduziu à cadeia o diretor de pavimentação Aires Silva

Foz do Iguaçu – A política de Foz do Iguaçu voltou ao noticiário policial na manhã de ontem. Ainda era madrugada quando uma equipe da Polícia Federal bateu na casa do secretário municipal de Obras e superintendente da Foztrans, Carlos Juliano Budel, e o levou preso.

A ação fez parte da segunda fase da Operação Pecúlio e também conduziu à cadeia o diretor de pavimentação Aires Silva, uma espécie de braço direito de Budel. Um empresário de São Miguel do Iguaçu foi levado até a Delegacia da PF, ouvido e depois liberado.

Ainda pela manhã, o advogado Oswaldo Loureiro, encarregado da defesa de Budel, protocolou na prefeitura o pedido de exoneração do secretário. O prefeito Reni Pereira tomou conhecimento do fato por telefone, pois estava em Curitiba. “O Budel não pode deixar o prefeito de saia justa e acredito que ele também não deve recusar o pedido”, comentou Loureiro.

MAIS PRISÕES

Sem dar mais detalhes já que o caso corre em sigilo, o delegado Tabio Tamura declarou em entrevista coletiva que a prisão de Budel e seu auxiliar não significam o fim da Operação Pecúlio. Ele garantiu que as investigações continuam e admitiu que novas prisões poderão ser feitas nos próximos dias com base na análise dos documentos apreendidos. “Além disso, estamos abertos para colaborações se assim [os investigados] desejarem”, destacou, dando a entender que a PF conta com o instituto da delação premiada para avançar no caso.

CRIMES DIVERSOS

Segundo o delegado Tabio Tamura, os implicados na Operação Pecúlio são suspeitos de desviar R$ 4 milhões relativos a contratos fraudulentos entre a Prefeitura de Foz do Iguaçu e empresas da região com recursos do PAC e do SUS, conforme apurado pela Controladoria Geral da União. Por isso, devem responder por peculato, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa, prevaricação, crimes contra a lei de licitações e organização criminosa. Na primeira etapa, desenvolvida dia 19 de abril, o prefeito Reni Pereira e outras 16 pessoas foram ouvidos pela PF. Entre elas está o cascavelense Paulo Gorski, que em seguida pediu exoneração da chefia da Cettrans.