Cotidiano

Capitão do Costa Concordia virou escritor de livro com sucesso de vendas sobre o naufrágio

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ROMA ? Cinco anos depois do naufrágio do navio Costa Concordia, que deixou 32 mortos e 64 feridos, no litoral italiano, o capitão da embarcação hoje se vê num destino provavelmente inesperado na época da tragédia. Francesco Schettino se tornou o escritor de um livro de considerável sucesso de vendas ao relatar a sua versão dos fatos sobre o naufrágio. Nas páginas de ?As verdades submersas?, o capitão se desresponsabiliza pelo acidente, que ocorreu a apenas 150 metros da costa quando o navio bateu em uma pedra da ilha toscana de Giglio.

Publicado inicialmente em julho de 2015, a primeira edição do livro se esgotou em menos de um mês. Em seguida, foram publicadas outras edições da obra, que continua a fazer sucesso nas livrarias. Ao ?El Mundo?, um representante da editora que publicou o livro disse que mais de 20 mil exemplares foram vendidos.

O capitão foi alvo de críticas na época do naufrágio, que aconteceu quando o navio se aproximou da costa para que os passageiros pudessem ver a ilha de Giglio e se chocou contra uma pedra de granito. A batida provocou um rombo de 70 metros no casco do navio, que começou a afundar. No entanto, demorou uma hora e 13 minutos até que Schettino ordenasse o esvaziamento da embarcação.

Além disso, Schettino não cumpriu com a norma que exige que o capitão seja o último a abandonar o barco em caso de emergência. Ele deixou o navio apenas três horas após o naufrágio, quando várias pessoas ainda tentavam desesperadamente chegar a terra firme.