Cotidiano

Canteiro de obras da Perimetral Leste começa a ser montado e abre vagas na construção civil

Obra, financiada pela margem brasileira de Itaipu, vai ajudar a desviar  trânsito pesado das áreas central e turística da cidade

Canteiro de obras da Perimetral Leste começa a ser montado e abre vagas na construção civil

Uma das mais importantes obras estruturantes financiadas pela margem brasileira da usina de Itaipu, a Perimetral Leste, já está com o canteiro de obras em fase de montagem. O empreendimento vai gerar, numa primeira etapa, cerca de 40 empregos diretos, que se somam aos quase mil indiretos nas obras da segunda ponte sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, no Paraguai.

Nesta semana, o consórcio vencedor da licitação, composto pela Construtora JL e Planaterra, está fazendo o recrutamento dos trabalhadores para as obras da Perimetral Leste, que devem ter início já no começo do ano que vem. A seleção será feita pela Agência do Trabalhador de Foz do Iguaçu. As vagas são para pedreiros, carpinteiros, eletricistas e operadores de máquinas, entre outros.

Assim como a construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, com custo de R$ 323 milhões, a usina de Itaipu também vai financiar a Perimetral Leste, com aporte de mais R$ 140 milhões. A perimetral fará a ligação entre a nova ponte e a BR-277, desviando o tráfego de caminhões pesados das avenidas turísticas e centrais de Foz do Iguaçu.

A conclusão da Perimetral Leste deve ocorrer em meados do ano de 2022, coincidindo com a entrega da Ponte da Integração. “A nova ponte e a perimetral vão resolver um problema logístico, com impactos positivos também para o turismo, que é a vocação natural de Foz do Iguaçu”, comenta o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna. E complementa: “essas e outras obras financiadas por Itaipu estão abrindo frentes de trabalho numa época difícil. Em tempos de pandemia, é a chance de ouro pra muita gente. Ficamos felizes em poder ajudar. É o presente de Natal e Ano Novo que muitos esperavam”.

O contorno terá 15 quilômetros de extensão, entre a margem brasileira da Ponte da Integração e a BR-277. O projeto preliminar prevê um trevo na BR-469 (a Rodovia das Cataratas, que será duplicada) e outro na BR-277. Haverá, ainda, uma rotatória alongada próxima ao presídio e duas travessias em desnível, na avenida Felipe wandsheer e na avenida República Argentina. Por ali vão passar, além de caminhões, carros, ônibus e motos.

Cada estrutura completa dos trevos será dotada de quatro alças giratórias que permitirão o acesso e saída de cada pista e em todos os sentidos do entroncamento rodoviário. A estrutura no acesso à Argentina terá duas alças giratórias.

As estruturas pretendem viabilizar o fluxo de veículos na Rodovia das Cataratas, nos cruzamentos da Rua Maria Bubiak com as avenidas República Argentina e Felipe Wandscheer, e na Rua Pavão, no acesso aos presídios da região do bairro Três Lagoas.

O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é o órgão responsável pela supervisão do empreendimento, gerenciado pelo governo do estado do Paraná por meio do DER (Departamento de Estradas de Rodagem).

Desvio

Com a Ponte da Integração pronta, o tráfego de caminhões será restrito na Ponte da Amizade.  Os caminhões, hoje, representam um transtorno para o trânsito de Ciudad del Este, que proibiu a passagem destes veículos durante o dia.

Em Presidente Franco não haverá este problema, já que, como no lado brasileiro, haverá uma perimetral que desviará o tráfego proveniente da ponte para fora da área central.

Cronograma

A execução de todas as obras previstas no projeto da Perimetral Leste, incluindo as aduanas Brasil-Paraguai e Brasil-Argentina, será feita no prazo de 545 dias.

A atual aduana na fronteira com a Argentina será demolida. O acesso à nova aduana será feito por um viaduto a ser construído, ligando a Ponte da Integração à Perimetral Leste.

A reivindicação de construção de uma perimetral para desviar o tráfego pesado da área central e turística de Foz do Iguaçu é antiga. Mas, na época, pensava-se apenas nos caminhões que circulam entre o Brasil e a Argentina, que atravessam o corredor turístico e depois passam por avenidas importantes da área central para chegar à BR-277.

Com a construção da Ponte da Integração, além de atender o tráfego de veículos pesados que vão e vêm da Argentina, será possível retirar esses veículos de todo o trecho urbano da BR-277. A Ponte da Amizade ficará exclusiva para o tráfego de veículos menores, o que inclui carros, motos, ônibus e caminhões leves que fazem o transporte de mercadorias entre Foz e Ciudad del Este.

Para isso, no entanto, haverá outra obra necessária: a construção de um novo porto seco, na área da BR-277, onde começa a ligação com a Perimetral Leste. A gestão Silva e Luna investiu quase R$ 1,5 bilhão em obras estruturantes, recursos empregados na região em consonância com as diretrizes do governo do presidente Jair Bolsonaro.